A Agência de Fiscalização de Quixadá (Agefisq) reúne servidores públicos concursados nos cargos de fiscal de obras, fiscal de meio ambiente, inspetor sanitário e fiscal de serviços públicos. A esses servidores cabe, por determinação legal, fazer cumprir as exigências do Código de Obras e Posturas do Município, independente de quem seja o prefeito da vez.
É verdade que, em outras administrações, o serviço de fiscalização não aparecia como agora aparece. Impor ordem numa cidade como Quixadá gera custos políticos, desgaste que pode ser explorado por adversários. Foi assim que, de 2013 a 2016, na gestão João da Sapataria, as ruas, calçadas e calçadões foram ocupados de maneira desordenada. O prefeito João não queria nenhum desgaste para sua imagem e liberou geral, abrindo mão da sua responsabilidade de fazer cumprir o que diz a legislação municipal.
O atual prefeito tem, evidentemente, uma postura diferente. Não apenas não amarrou os servidores públicos que são fiscais, como está promovendo a unificação de toda a categoria e seu fortalecimento. Os reflexos são vistos na significativa melhora da organização do centro da cidade em comparação com os anos anteriores ao seu governo.
Parte da atividade destes fiscais envolve impedir o uso irregular dos espaços públicos. Sempre que eles agem para impedir que vendedores ambulantes e outros utilizem de forma desordenada esses espaços, como manda a lei, isso é aproveitado politicamente. Imediatamente, mídias ligadas ao médico Ricardo Silveira classificam o gestor como perseguidor, embora o prefeito sequer tome conhecimento antecipado de cada ação realizada pelos fiscais da Agefisq.
Na guerra política declarada, o que se percebe é que a eleição deste ano vai definir, além do futuro da cidade, também o futuro da Agefisq e de seus fiscais. A agência pode simplesmente deixar de existir caso gestores sem compromisso com o Código de Obras e Posturas sejam levados ao poder. E a cidade retornaria certamente ao nível de desordem pública que tanto caracterizaram os anos de 2013 a 2016.