61 funcionários da Policlínica de Quixadá assinam carta desmentindo acusações de coerção política

Policlínica de Quixadá.

A direção da policlínica de Quixadá, unidade de saúde que atende vários municípios do Sertão Central do Ceará, bem como a direção do Consórcio de Saúde que administra o equipamento, foram alvos recentemente de matérias veiculadas em sites que atuam numa linha de oposição política contra a atual gestão municipal quixadaense, cujo prefeito, Ilário Marques, é também o presidente do referido consórcio de saúde.

As insinuações veiculadas foram de que uma enfermeira de nome Joelice de Oliveira Freires Lima, havia sido demitida por perseguição política. Como a enfermeira tomou parte na organização das atividades dos aprovados no concurso público municipal de 2016, concurso cuja legalidade está sendo questionada na justiça, opositores políticos de Ilário Marques lançaram publicamente a suposição de que ele estaria perseguindo a profissional.

“… seu perfil combatente e corajoso chamou a atenção dos concursados, mas também chamou atenção do chefe do executivo, que viu naquela jovem enfermeira uma voz a ser combatida”, disse sobre Joelice de Oliveira, profissional supostamente perseguida, uma publicação no site Monólitos Post, ligado aos dirigentes municipais do PMDB. “A perseguição é, infelizmente, uma prática frequente nas repartições públicas”, dizia a matéria, acrescentando que as pessoas não podem expor seus pontos de vista e manifestar qualquer opinião que venha a desagradar os que estão no poder.

Na verdade, nunca houve quebra de contrato ou demissão sem justa causa da enfermeira citada acima. Segundo a direção da policlínica, o contrato dela expirou e simplesmente não foi renovado, como aconteceu também em outros casos no decorrer da história daquela unidade de saúde.

Na noite deste sábado, 22, 61 funcionários da policlínica de Quixadá se manifestaram sobre o assunto. Eles escreveram uma carta pública na qual negaram veementemente que exista qualquer tipo de coação, pressão ou assédio de natureza político-partidária por parte da direção da policlínica. Também enfatizaram que jamais presenciaram ou sequer tomaram conhecimento de qualquer ato do tipo.

“Trabalhamos na Policlínica de Quixadá, exercendo nossa atividade profissional ao longo dos anos, convivendo mutuamente com colegas que professam as mais variadas preferências ideológicas, sociais e políticas. Tais diferenças jamais foram motivo para inviabilizar nossa convivência, seja no aspecto pessoal ou profissional”, disseram os trabalhadores.

“A veiculação de notícias dessa natureza contraria frontalmente a experiência vivida por nós enquanto profissionais de saúde da Policlínica de Quixadá, cuja prática administrativa – podemos testemunhar -, nunca se caracterizou por adotar tal conduta”, concluem.

 

Veja a íntegra da carta com a assinatura de 61 funcionários:

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