Procurador Geral do Ceará diz que não haverá anistia para policiais amotinados

Procurador Geral do Ceará diz que não haverá anistia para policiais amotinados.

Durante negociações da comissão que articula saída para a crise de paralisação de policiais militares no Ceará, o procurador-geral do Estado, Juvêncio Vasconcelos, reforçou nesta sexta-feira, 28, que não haverá anistia administrativa para agentes envolvidos em motins.

“Ratificando o que já foi dito uma vez aqui, não haverá anistia administrativa”, diz o procurador.

“O que está sendo garantido aqui é o devido processo, o contraditório e a garantia de defesa”, reforçou o procurador, representante legal do governo Camilo Santana (PT) na comissão.

Procurador-geral do Estado, Juvêncio Vasconcelos.

43 policiais presos

A prisão dos 43 policiais militares (PMs) que estão detidos por crime de deserção foi mantida pela Justiça. O flagrante dos respectivos policiais foi convertido em preventiva, nesta quinta-feira, 27, durante audiência de custódia. A decisão é da 17ª Vara Criminal de Fortaleza, Vara de Audiência de Custódia, por meio do juiz Roberto Soares Bulcão Coutinho.

Conforme a decisão, o procedimento inicial mostra que no dia 21/02/2020, por volta das 9 horas, alguns policiais policiais militares, dentre eles os autuados, deixaram de se apresentar para o embarque da Operação Carnaval 2020. Foi consumado o crime tipificado no artigo 190 do Código Penal Militar, que é a deserção especial.

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) fez a denúncia pela conversão do flagrante em prisão preventiva. E a defesa, por sua vez, pediu o relaxamento do flagrante em face dos atestados médicos apresentados pelos policiais. Além disso, a defesa afirmou que houve o atraso para entrega dos atestados por causa da mudança da rotina da administração da corporação.


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