Desmantelo Administrativo em Quixadá e Mauriti: Histórias semelhantes que podem ter finais muito diferentes

À esquerda, Mauriti; à direita, Quixadá.

Os último quatro anos foram marcados por um verdadeiro desmantelo das políticas públicas nos municípios de Mauriti, localizado na mesorregião Sul do Ceará, e Quixadá, no Sertão Central.

HISTÓRIAS SEMELHANTES

As administrações dos dois municípios, entre os anos de 2013 e 2016, produziram enormes prejuízos aos interesses públicos e prejudicaram a vida de muita gente, especialmente de servidores. As atuações de seus dirigentes foram, por vezes, além dos limites da Lei, segundo avaliação feita por membros do Ministério Público Estadual, em ações durante o curso dos mandatos anteriores.

As semelhanças são incríveis entre o que se viu em Mauriti e o que se viu em Quixadá nos últimos anos: Lei de Responsabilidade Fiscal violada à exaustão, ausência de repasse dos valores de empréstimos consignados dos servidores públicos aos bancos,  irregularidades graves em processos de licitação, pagamentos de fornecedores sem respaldo legal, e muito mais.

DESFECHOS DIFERENTES?

Para os ex-gestores de Quixadá e Mauriti, porém, o desfecho de todo o descalabro administrativo dos últimos anos pode acabar de maneiras bem diferentes.

Enquanto Francisco Evanildo Simão da Silva, ex-prefeito de Mauriti, já foi chamado a prestar contas do que foi feito em sua gestão, tendo sido alvo de Ação Civil Pública (ACP) protocolada pelo Ministério Publico na semana passada, o ex-prefeito de Quixadá, João Hudson Bezerra, também lida com acusações na Justiça, mas tem várias ações prejudiciais de sua gestão aparentemente desconsideradas.

Não faltam, por exemplo, na história recente de Quixadá, sinais de que recursos financeiros oriundos de transferências governamentais com destinação específica foram usados para finalidades diversas de seus objetivos, o que é crime. Mas não se tem notícia de nenhuma investigação que busque apurar e punir tais condutas.

Se o desfecho será mesmo diferente para o desmantelo praticado em Mauriti e Quixadá nos últimos anos, resta esperar. O importante é que os órgãos de fiscalização deixem claro para os administradores de ontem, de hoje e de amanhã, que as ilicitudes nunca valem a pena.

EDITORIAL


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