Cabo Sabino tem mandado de prisão em aberto e não é aceito como representante dos PMs em negociação

Cabo Sabino tem mandado de prisão em aberto e não é aceito como representante dos PMs em negociação.

A comissão formada por membros dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que tenta chegar a um acordo para encerrar a paralisação da Polícia Militar do Ceará, afirmou nesta sexta-feira (28) que está descartada a possibilidade de anistiar os policiais militares amotinados.

Membros da comissão afirmaram também que enfrentam um impasse para dar continuidade aos diálogos porque os policiais pedem que o ex-deputado federal cabo Sabino seja o representante da categoria. No entanto, cabo Sabino tem um mandado de prisão em aberto por suspeita de liderar o motim de policiais.

“Nós não temos ainda o interlocutor que possa decidir em nome do movimento. O movimento exigiu que quem negocie com a comissão seja o cabo Sabino e a Nina [Carvalho, presidente da Associação das Esposas de Policiais do Estado do Ceará], e nós temos impedimentos de ordem legal e institucional para que ele sente a mesa com os poderes do estado, o Ministério Público e o Exército Brasileiro”, disse o procurador-geral do estado, Manuel Pinheiro.

O presidente da OAB-CE, Erinaldo Dantas, que atua como observador dentro da comissão, comentou que o grupo recebeu com “surpresa” a mudança do nome do interlocutor dos militares. O indicado inicialmente era o advogado e coronel reformado do Exército Walmir Medeiros.

“É inviável do ponto de vista institucional sentar à mesa com uma pessoa nessa condição”, afirmou o procurador-geral, em referência a Sabino.

A comissão sugeriu o nome da defensora pública geral do Ceará, Elizabeth Chagas, para ser a interlocutora pelo lado dos amotinados, na tentativa de resolver o impasse. Ela deve se reunir nesta tarde com os policiais que estão amotinados no 18º Batalhão da PM, em Fortaleza.

A anistia administrativa e criminal é o principal ponto de reivindicação dos policiais para encerrar o motim, de acordo com procurador-geral de Justiça do Ceará Manuel Pinheiro Freitas.

*Informações do G1/CE.


Compartilha:

Veja Mais