Sesi, Senai, Sesc, Senac e Sebrae estão revoltados com equipe econômica de Bolsonaro

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes

O espírito natalino não conseguiu resolver uma pendenga que promete render a partir de janeiro, quando Jair Bolsonaro tomar posse: a relação da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) com a equipe econômica do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

Isso porque Guedes não abre mão de corte no orçamento do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac e Sebrae) em 2019, justificando ter chegado a hora do empresariado dar sua cota de sacrifício, pois a CUT, sem contribuição sindical, já fez o seu sacrifício.

O problema é que o presidente da CNI, Robson Andrade e seu grupo se sentem não só revoltados, mas traídos. Eles querem as reformas de um governo que teve o apoio da entidade, mas avaliam que mexer no dinheiro do Sistema S é absurdo, pois a verba é oriunda de contribuição patronal.

A turma de Guedes não vê dessa forma e diz que quer cortar 30%, mas, se não vier acordo, dará uma facada de 50%. Na base, federações das indústrias, o clima é de revolta. O presidente da Fiec, Beto Studart, por exemplo, vai passar o Réveillon fora do País e, portanto, sem conferir o ato de posse de Jair Bolsonaro.

IMPACTOS

O Sesi (Serviço Social da Indústria) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) calculam que uma redução de 30% nos recursos do sistema representaria um corte de 1,1 milhão de vagas em cursos profissionais oferecidos pelo Senai por ano, além do fechamento de 162 escolas de formação profissional da entidade.

Entre outros impactos, as entidades calculam um corte de 498 mil vagas para alunos do ensino básico ou na educação de jovens e adultos do Sesi.


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