Pesquisadores de Harvard apontam que mundo pode ter quarentena prolongada ou alternada até 2022

As estratégias intermitentes de distanciamento social talvez precisem ser empregadas até 2022 para evitar que o novo coronavírus continue a colocar em risco os sistemas de saúde mundo afora, indica um estudo assinado por pesquisadores da Universidade Harvard, nos EUA.

Segundo informa o jornal Folha de S.Paulo, na pesquisa, que acaba de sair na revista especializada Science, a equipe liderada por Marc Lipsitch, do Departamento de Epidemiologia da instituição americana, usou dados sobre o Sars-CoV-2 e sobre outras formas de coronavírus para tentar simular uma enorme variedade de cenários de evolução da Covid-19 ao longo dos próximos anos, chegando até 2025.

As incertezas são grandes, acrescenta a reportagem, a começar pelo fato de que ainda não está claro como ficará a imunidade das pessoas que já tiveram a doença e se recuperaram. Mas, considerando tudo o que sabe sobre os parentes do vírus que circularam ou ainda circulam pelo planeta, a resistência ao parasita, criada por uma primeira infecção que o organismo debelou produzindo anticorpos, será temporária, durando apenas um ou dois anos. Essa é, por exemplo, a escala de tempo da imunidade ao causador da Sars, “primo” do patógeno causador da atual pandemia.

O biólogo e pesquisador Átila Iamarino comentou a pesquisa: “Resumo das conclusões: COVID-19 é um problema sério que vai durar. Só se resolve mais rápido com vacina, tratamento novo e aumento de capacidade de saúde. O tamanho do surto agora no começo dita o problema nos próximos anos. Distanciamento agora é fundamental pro futuro. As conclusões são tensas: projetam distanciamento e quarentena prolongada ou alternada até 2022.”


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