Enquanto defende a abertura de escolas e do comércio em meio à pandemia de coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não quis falar sobre qual seria o número de mortes que ele julga aceitável para defender essas medidas —desaconselhadas por órgãos de saúde.
Questionado pela Folha nesta segunda-feira (20) a respeito das mortes, Bolsonaro disse: “Eu não sou coveiro”, e não quis mais falar sobre a relação entre a mortalidade da doença e medidas de restrição.
O Ministério da Saúde corrigiu dados que tinha divulgado mais cedo e afirmou que o país registrou 113 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 h, e não o numero de 383, que seria recorde. Ao todo, são 2.575 óbitos no país por Covid-19.
Questionado sobre a possibilidade de alta na transmissão ao abrir as escolas, Bolsonaro disse que não é médico, voltou a falar de economia e a pressionar governadores.
O presidente defende o relaxamento das restrições de circulação adotadas por governos estaduais, indicadas por órgãos de saúde, especialistas e também determinadas em praticamente todos os países que enfrentam a pandemia.