Bolsonaro quer modificar lei para não ser obrigado a escolher reitores das universidades federais por lista tríplice

Bolsonaro quer modificar lei para não ser obrigado a escolher reitores das universidades federais por lista tríplice
Bolsonaro quer modificar lei para não ser obrigado a escolher reitores das universidades federais por lista tríplice

A equipe que prepara o plano de governo do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, tem em mãos o calendário de escolhas dos reitores das universidades federais e um estudo sobre quem é quem nas instituições de ensino superior para servir de análise, em um eventual governo, das listas tríplices de escolhidos pelas comunidades acadêmicas. A escolha do reitor e do vice é feita pelo presidente com base na relação dos mais votados.

Os auxiliares de Bolsonaro propõem ao presidenciável que, uma vez eleito, não escolha o primeiro da lista automaticamente e aplique a fórmula de optar por nomes sem vínculos com partidos de esquerda.

CLIQUE AQUI E CONHEÇA AS VANTAGENS DO LOTEAMENTO BAVIERA II

O grupo de campanha do PSL recomenda ainda um “enfrentamento” no Congresso e uma campanha de convencimento da opinião pública para fazer, em um “segundo momento”, alterações na Lei 9.192, de 21 de dezembro de 1995, que estabelece que o presidente da República deve escolher o reitor e o vice com base em uma lista tríplice elaborada por um colegiado universitário com 70% de docentes. Pelo texto da norma assinada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, o dirigente escolhido deve ser professor titular ou associado 4, com título de doutor.

Campus da Universidade Federal do Ceará em Quixadá.

DIFERENTES VISÕES

Em entrevista ao Estado, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) afirma que “conceitualmente” o setor precisa de uma “boa qualidade da gestão”. Ministro da Educação no governo Michel Temer, entre maio de 2016 e abril deste ano, ele já fez, em outros momentos, críticas ao que considerou uso do espaço universitário por partidos. “A gestão é fundamental para a legitimidade e a qualidade do ensino em todos os níveis, não apenas nas universidades.”

Por sua vez, o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia da Universidade de São Paulo, avalia que as instituições precisam de líderes capazes de reunir bons gestores na sua equipe e não de “gestores de planilhas”. Ministro da Educação no governo Dilma Rousseff, entre abril e setembro de 2015, ele ressalta que casos recentes de imposição de reitores foram “desastrosos”.

(Com informações do portal Terra)

LEIA TAMBÉM: Bolsonaro quer cobrar por ensino público federal

ESPAÇO PUBLICITÁRIO

Compartilha:

Veja Mais