Bolsonaro decide não apoiar esforços internacionais por vacina e Brasil pode ir para o fim da fila para recebê-la

Bolsonaro decide não apoiar esforços internacionais por vacina e Brasil pode ir para o fim da fila para recebê-la.

“O Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a Covid-19 por uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina, tratamentos e testes contra a pandemia e assegurar um acesso equitativo”, informa o jornalista Assis Moreira, correspondente do Valor Econômico em Genebra.

Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar a ‘Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o coronavírus’, no fim de abril.

Enquanto vários governos prometiam juntar forças contra o vírus, que já matou milhares de pessoas, Bolsonaro acusava a Organização Mundial de Saúde (OMS) de incentivar masturbação de crianças, por exemplo, lembra o correspondente.

Em abril, o governo Bolsonaro escolheu deixar o Brasil fora de uma iniciativa internacional para encontrar uma vacina contra a covid-19. Convocados pela União Européia e pela ONU, governos de todo o mundo anunciaram doações de 7,4 bilhões de euros e o compromisso de agir de forma conjunta.

A ideia é de que a comunidade internacional apenas conseguirá se proteger do vírus quando uma vacina for produzida e distribuída.

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, comemorou os resultados daquela reunião. “Líderes de mais de 40 países se uniram”, indicou. Segundo ele, o que os governos fizeram foi “demonstrar solidariedade global”.

Procurado pela imprensa brasileira sobre o assunto, o Itamaraty sequer deu uma resposta. O Ministério da Saúde também ficou em absoluto silêncio. Apenas depois da publicação de matérias revelando a postura do Brasil é que o governo se manifestou, indicando que o Brasil não iria participar e que iria entrar em “outras parcerias”. Indagado sobre quais seriam essas outras iniciativas, o governo não respondeu.


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