A Americanas deve continuar o enxugamento da sua estrutura física e fechar cerca de 80 pontos de venda neste ano. A varejista, que está em recuperação judicial desde janeiro de 2023, depois de assumir uma fraude contábil de R$ 25 bilhões, tem hoje cerca de 1.680 lojas e pode chegar a 1.600 até o fim do ano, afirmou o presidente da companhia, Leonardo Coelho.
“Mas também acreditamos no crescimento da empresa, estamos estudando abrir dez novos pontos de venda até o fim do ano”, disse.
Entre os desinvestimentos para levantar capital e focar no novo público —homens e mulheres das classes B e C—, estão a venda da rede de hortifrútis Natural da Terral, Único (franquias de Puket e Imaginarium) e até da fintech Ame Digital.
Neste último caso, segundo Coelho, a empresa também avalia um sócio “se houver uma parceria interessante”.
Em número de lojas, o grupo tinha 1.880 pontos de venda em janeiro do ano passado e hoje são 1.748, uma queda de 7% que envolveu não só a bandeira Americanas, mas também a Local (de lojas de conveniência) e o hortifrúti Natural da Terra.
O fechamento de 132 pontos de venda em um ano representa cerca de uma loja encerrada a cada três dias.
“As lojas que devem ser fechadas neste ano não apresentam uma contribuição positiva para a companhia, especialmente as de menor tamanho”, afirmou Coelho, que diz estar trabalhando para encontrar “novas avenidas de crescimento” para a varejista.
➡QUIXADÁ
A Americanas tem uma de suas lojas em Quixadá, localizada na Rua Epitácio Pessoa. Celebrada em sua inauguração, em 2011, como símbolo da modernidade do comércio local, não é possível ainda afirmar se a loja de 901 metros quadrados será afetada pelo processo de enxugamento da empresa. Foram investidos em sua construção em Quixadá mais de R$ 2 milhões de reais.