O médico Pedro Coelho, que atua no Hospital Maternidade Jesus Maria e José (HMJMJ), em Quixadá, explicou que o adiamento da abertura de 10 leitos de UTI na instituição, inicialmente programada para esta sexta-feira (19), aconteceu por causa da falta de insumos necessários ao funcionamento regular dos equipamentos.
Em manifestação feita pelo vereador Jackson Perigoso nas redes sociais, afirmando que o governador Camilo Santana teria cancelado a entrega dos leitos e sugerindo a possibilidade de interferência política no caso, o médico explicou: “O país inteiro passa por uma grave crise de desabastecimento de diversos medicamentos essenciais a uma UTI, em especial os bloqueadores neuromusculares, medicamento muito importante em paciente grave com covid. Por conta disso, não conseguimos adquirir importantes itens para o funcionamento da UTI, por total falta desses junto aos fornecedores.”
Ainda de acordo com o profissional, a decisão de adiar a abertura dos leitos foi da direção do HMJMJ. “A direção do hospital, junto com a coordenação da UTI, decidiu por adiar a abertura, estando, nesse momento, correndo contra o tempo, procurando diversos apoios e parceiros, para que possamos iniciar o serviço na próxima segunda feira, dia 22 de março, com as condições mínimas para um atendimento adequado dos pacientes”, disse.
O médico ainda ressalta que o HMJMJ é uma instituição neutra, sem posicionamento partidário e, portanto, desinteressada em fazer política com a instalação dos leitos de UTI.