A empresa FD Empreendimentos, que reúne 362 funcionários terceirizados que prestam serviço para a prefeitura de Quixadá, divulgou, nesta quarta-feira (17), o calendário de assinaturas de aviso prévio, já que todos estes trabalhadores serão demitidos.
Embora tenha a obrigação de garantir o pagamento dos seus funcionários, mesmo quando a prefeitura não realiza os repasses mensais, a empresa não está conseguindo fazer isto. Já são dois meses – agosto e setembro -, que a FD não recebe o dinheiro da prefeitura.
O bloqueio destes repasses foi determinado pelo prefeito interino, João Paulo, que está empenhado em caçar funcionários fantasmas para embasar novas denúncias contra Ilário Marques. O gestor tem se utilizado do argumento falacioso de que, enquanto as sindicâncias são desenvolvidas, a prefeitura não pode cumprir suas obrigações contratuais com a FD Empreendimentos.
A consequência desta tentativa de prejudicar a gestão Ilário Marques tem sido famílias submetidas a arrocho financeiro. Várias delas relatam que já foram despejadas de suas casas por não conseguirem pagar os aluguéis, conforme Junior Sales, associado ao Sindicato que defende a categoria.
De acordo com o calendário de assinaturas de aviso prévio da FD Empreendimentos, todos os trabalhadores ligados à secretaria de educação devem comparecer à sede da empresa nesta quinta-feira (18). Na sequência, todos os ligados à secretaria de saúde devem comparecer no local na sexta-feira (19).
Junior Sales está orientando os trabalhadores da FD a não assinar o aviso prévio antes de outros esforços para garantir os seus direitos trabalhistas. Nesta quinta-feira, em parceria com o sindicato da categoria, uma reunião deve ser realizada no calçadão que fica em frente à câmara municipal. A intenção é que dezenas de trabalhadores participem da sessão legislativa para expôr a situação constrangedora aos vereadores e buscar ajuda.
Uma informação curiosa que circula nos bastidores é que, diante destas centenas de demissões, o prefeito interino está se preparando, não para convocar os aprovados no concurso de 2016, que já foi regularmente homologado, mas para contratar uma nova empresa terceirizada que deve, por sua vez, contratar outros trabalhadores temporários. Caso se concretize, a decisão violará determinação judicial que proíbe a prefeitura de celebrar novos contratos para vagas previstas no edital do concurso público.
