A atuação de flanelinhas no Centro de Quixadá, principal cidade do Sertão Central, tem levado a muitas reclamações nas redes sociais.
A principal reclamação tem a ver com o uso que os flanelinhas fazem de papelões sujos, rasgados, molhados, com grampos e terra, e que arranham o para-brisa do carro. Alguns deles trabalham bêbados e não aceitam negativa dos “clientes”.
“Não sei mais o que faça, porque pedir gentilmente já fiz inúmeras vezes”, diz o advogado Wesllen Nobre. “Gostaria que as autoridades tomassem uma atitude quanto a essa situação”, ressalta.
“É uma situação delicada, precisamos ter cautela, pois são pessoas fáceis de se indignarem ao ponto de danificar a pintura do carro quando contrariados”, diz outro internauta.
Em contato com o Superintendente do Departamento Municipal de Trânsito, Higo Carlos, o Diário de Quixadá recebeu a informação de que uma análise da situação será feita, em parceria com outras secretarias, para determinar o que pode ser feito, dentro da legislação aplicável, para oferecer uma solução apropriada.
A análise precisa, de fato, ser cuidadosa. A maioria dos flanelinhas são pessoas em situação de vulnerabilidade social e necessitam, primeiro, de compreensão de sua realidade e, a partir disto, opções para trabalhar de forma correta e digna. Algum vereador poderia, por exemplo, se prontificar para criar um projeto de lei regulamentando a profissão e estabelecendo requisitos para seu desenvolvimento.