Ricardo Silveira fala em “risco iminente de mortes de quixadaenses” e avisa que pode tomar em 72 horas leitos de UTI instalados pelo Estado no HMJMJ

fala em “risco iminente de mortes de quixadaenses” e avisa que vai tomar em 72 horas leitos de UTI instalados pelo Estado no HMJMJ.

Os membros do comitê de enfrentamento à Covid-19 em Quixadá, formado pelo prefeito Ricardo Silveira, a secretária de saúde Benedita Oliveira e os médicos Adriano Queiroz, Cristiano Benício, Thiago Carvalho e Francelino Carvalho, enviaram ao Bispo Dom Ângelo Pignoli, neste sábado (20), uma notificação na qual exigem a abertura em 72 horas dos leitos de enfermaria e UTIs do Governo do Ceará, instalados no Hospital Maternidade Jesus Maria e José (HMJMJ), sob pena de requisição, por parte do município, de todos os equipamentos.

Dom Ângelo é presidente da Sociedade Quixadaense de Proteção e Assistência à Maternidade, à Infância e Adolescência, administradora do HMJMJ. Em nota, o religioso explicou que os leitos de UTI não foram abertos na data programada, 19 de março, “devido ao desabastecimento de insumos por parte dos fornecedores, indispensáveis para o funcionamento do serviço”.

O comitê da prefeitura, porém, fala em “risco iminente de mortes de quixadaenses” e pede a reavaliação dos argumentos utilizados pelo HMJMJ. Defende que leitos iguais já foram abertos em Canindé e Tauá e que os equipamentos já instalados em Quixadá podem funcionar de forma progressiva e parcial, até que o suprimento dos insumos seja normalizado. Diz, ainda, que o HMJMJ pode utilizar no período de desabastecimento de insumos e da impossibilidade de realizar intubações, “outros meios possíveis”, e cita como exemplo capacetes elmo, máscaras reservatório, VNI intermitente e cateter nasal de alto fluxo.

O município de Quixadá está, atualmente, na classificação de nível “risco altíssimo” para transmissão da Covid-19 e tem taxa de letalidade em 2,1 %. Quixadá tem 5.024 casos, 103 mortes por decorrência da Covid-19 e 422 casos em investigação, conforme dados obtidos no IntegraSUS.

Na nota, Ricardo Silveira deixa claro que, se os leitos não forem abertos no prazo requerido, a prefeitura vai tomar os equipamentos para instalação em outro espaço.

O HMJMJ ainda não se pronunciou sobre o caso.


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