A prefeitura de Quixadá, no Sertão Central, descontinuou o programa de acompanhamento domiciliar de pacientes com covid-19, montado pela administração anterior.
A suspensão das visitas, antes feitas por enfermeiras, técnicas de enfermagem e médicos, e que realizava avaliação periódica da evolução clínica dos doentes, acontece num contexto de demissão de profissionais de saúde e redução de direitos e benefícios conquistados durante 2020.
Os testes para verificar a presença do coronavírus no organismo também não estão mais sendo feitos nas residências. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) é onde os testes estão agora concentrados. Cidadãos relatam com preocupação que a prefeitura está transportando no mesmo veículo pessoas para fazerem testes na UPA. Assim, aumentam as chances daqueles que não estão com o vírus acabarem, no processo, realmente infectadas.
O novo prefeito, Ricardo Silveira, demitiu cinco das sete técnicas de enfermagem que realizavam vacinação, deixando vacinadoras apenas nos postos do Centro e Alto São Francisco.
Nesta segunda-feira Quixadá vai receber as primeiras doses da vacina contra a covid-19 do Governo do Estado. Ricardo Silveira já anunciou que vai realizar uma cerimônia virtual, transmitida pelas redes sociais, com a primeira pessoa de Quixadá a ser vacinada. A ação de marketing, semelhante ao que fez João Dória, governador de São Paulo, acontece em paralelo com a absoluta ausência de ações práticas da prefeitura municipal contra o avanço do vírus. Até agora, a nova administração municipal não deu orientação sobre a pandemia à população nem adotou qualquer restrição para impedir a proliferação do vírus, em alta nas primeiras semanas de 2021.
