O milho, tão importante na alimentação do rebanho, outrora reclamado e disputado entre os criadores, agora se acumula nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Ceará. O motivo é a retirada do subsídio do Governo Jair Bolsonaro e o consequente aumento de preço do grão.
A saca de 60 quilos era comercializada por R$ 33, mas sem o incentivo governamental subiu para R$ 48, ficando com valor próximo ao praticado no mercado.
Outro agravante, segundo os produtores, é que o grão estocado nos armazéns da Conab é velho, da safra 2012/2013, e apresenta perda de qualidade do valor energético da proteína, além de forte odor por causa do uso de veneno para conservação. Os criadores desistiram de adquirir o produto, e as vendas caíram 70% em média. E a queda deve continuar.
Em Quixadá, no Sertão Central, a prefeitura mantém um programa de ajuda aos criadores e produtores. O transporte do milho é feito pela secretaria de agricultura, que vai buscar a carga em Senador Pompeu e entrega direto no endereço dos compradores. Isto diminui o valor da aquisição do milho.
A retirada do subsídio governamental por Bolsonaro é recebida com desagrado pelos pequenos produtores locais, pois representa prejuízo financeiro para um setor que é tão importante para a região.
