Ex-sinaleira que teve mãos e pernas amputadas por complicações causadas por uma infecção, Cleomar Marques teve benefício negado pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) por não poder assinar os documentos oficiais que autorizam o pagamento do auxílio.
De Porto Velho, em Roraima, a mulher já teve três requerimentos negados pelo Instituto no último ano e depende de doações para sobreviver. As informações são do portal de notícias do G1.
Em entrevista ao Jornal de Rondônia, Cleomar relata as dificuldades impostas pelo órgão para receber o pagamento do auxílio. “Uma servidora puxou os papéis e perguntou: ‘Quem vai assinar? Você assina?’. Eu disse que não podia assinar, mas sim a minha filha ou minha mãe. A mulher então olhou e disse: ‘Ah, então não vale’. Daí ela pegou, rasurou o papel e jogou fora”, conta.
Mesmo tendo o requerimento negado pelo INSS, Cleomar fez uma nova solicitação para tentar um benefício assistencial à pessoa portadora de deficiência, que também foi indeferido por ela ter uma renda per capita familiar superior a 1/4 do salário mínimo, o equivalente a R$ 238,50.
Segundo o INSS, a renda teria sido apurada com as informações do Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo. Em um terceiro requerimento, a solicitação foi novamente indeferida por “falta do período de carência”, como alega o INSS. (Foto: Reprodução/TV Globo/Informações do O Povo)