Aspartame, um dos adoçantes mais populares do mundo, será declarado cancerígeno por órgãos de saúde

Um dos adoçantes artificiais mais comuns do mundo, o aspartame deve ser declarado como possível cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), que é ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Contexto: O aspartame é usado em produtos como refrigerantes dietéticos. De acordo com alguns estudos, cerca de 95% dos refrigerantes carbonatados (bebidas efervescentes não alcoólicas) que contêm adoçante usam aspartame.

A decisão da agência, finalizada no início de junho, deve ser anunciada em 14 de julho e não leva em conta a quantidade que pode ser considerada segura para consumo.

Essa será a primeira vez que o adoçante receberá essa classificação pela Iarc.

O objetivo é fomentar pesquisas para avaliar perigos potenciais, com base em todas as evidências científicas publicadas.

A agência já teve decisões anteriores, sobre outros temas, contestadas. 

No Brasil, a Anvisa diz haver consenso entre diversos comitês internacionais considerando o aspartame seguro.

O Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA, na sigla em inglês), também está revisando o uso da substância. A conclusão dos trabalhos do comitê deve ser divulgada no mesmo dia previsto para a declaração da Iarc.

Desde 1981, o JEFCA afirma que o consumo de aspartame é seguro dentro dos limites diários aceitos. Por exemplo, um adulto de 60 kg, para estar em risco, teria que beber todo dia entre 12 e 36 latas de refrigerante diet, dependendo da quantidade de substância na bebida.

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