Crimes investigados em operação da PF em Quixadá podem render até 20 anos de prisão

São graves os crimes investigados pela Polícia Federal em cinco municípios do Ceará. A Operação Acrasia, desencadeada na manhã da terça-feira, 19, em Quixadá, Boa Viagem, Irauçuba, Aracati e Itaitinga, abriu apenas uma fresta para um cenário ainda muito desconhecido. De fato, tudo rola em segredo de justiça e os detalhes ficam, assim, inacessíveis neste primeiro momento. Não dá para saber exatamente quais são os gestores investigados e quais crimes são imputados a cada um deles.

O que a PF deixou claro, nesta primeira fase de ação, é que os crimes investigados são os seguintes: usurpação de função pública, uso de documento falso, falsidade ideológica, porte, posse e comércio ilegal de armas de fogo. A gravidade desses crimes é tanta que eles podem render até 20 anos de cadeia.

Exatamente quem são os gestores investigados? Os prefeitos dos municípios que foram alvo estão envolvidos no suposto esquema?

O jornalista Messias Borges, do Diário do Nordeste, por exemplo, apontou que o prefeito de Quixadá, Dr. Ricardo Silveira, “é suspeito de conceder ilegalmente portes de arma de fogo, com a sua assinatura – sem anuência da PF.” O profissional diz ter ouvido o delegado Igor Conti, que conduz as investigações.

O médico Ricardo Silveira é tido por seu eleitorado como gestor honesto e correto em sua administração. Parece irresponsável da parte da PF deixar pairando dúvidas sobre o nome do prefeito, prejudicando sua imagem, sem que se aponte exatamente o que está sendo investigado em relação a ele. A PF o associou a alguma conduta criminosa? Em caso positivo, qual? Quais evidências servem de base para as ações da PF?

A existência de operações policiais em períodos pré-eleitorais serviu de base para que se espalhassem acusações de todo tipo sobre gestores anteriores, prejudicando suas campanhas e induzindo eleitores a tomar decisões com base em investigações que, até hoje, não apresentaram resultados concretos em relação à procedência das coisas investigadas.

Com crimes tão graves sendo apurados pela PF, é tão somente compreensível que a população queira mais esclarecimento, não obstante o segredo de justiça.

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