Situação epidemiológica de Quixeramobim ameaça atrasar retomada da economia em toda a Região

Paço da Prefeitura Municipal de Quixeramobim.

É muito grave a situação epidemiológica de Quixeramobim, no Sertão Central. O município se transformou no epicentro da crise sanitária associada à covid-19. A cada semana, o número de pacientes diagnosticados com a doença aumenta e puxa para cima a quantidade de novos casos que exigem monitoramento e internação. Pior ainda, sobe também o número de óbitos.

O município tem, atualmente, 1.647 casos confirmados. A prefeitura informa que 538 estão em monitoramento, mas não detalha que tipo de trabalho realiza para acompanhar a evolução do quadro clínico dos infectados. 71 pacientes perderam a vida.

Na semana passada, o prefeito Clébio Pavone falou na possibilidade de fechamento completo do comércio. Nesta segunda-feira (10), porém, a secretária de saúde, Leila Vasconcelos, disse em uma transmissão ao vivo nas redes sociais que fechar o município não é a solução. Fica, assim, evidenciada uma falta preocupante de sincronia de pensamento entre os próprios gestores da crise.

Visto que o plano de retomada econômica do Governo do Estado avança, não de acordo com a situação individual de cada município, mas considerando a situação das regiões de saúde como um todo, é possível que os municípios do Sertão Central tenham sua evolução para as fases seguintes atrasadas por causa da crise em Quixeramobim. Neste momento, a região está na fase 2 e não avançou na última avaliação do Governador Camilo Santana.

É notório que Quixeramobim precisa, com urgência, não apenas de ajuda, mas talvez de uma intervenção do Governo do Ceará, visando melhor coordenação de ações contra o avanço do vírus e a proteção da vida dos cidadãos, o que inclui mais condições para realização de testagem e fiscalização. Necessita, também, que o Ministério Público continue acompanhando com ainda mais proximidade a situação, de modo a incentivar mais pulso firme por parte do gestor principal da cidade na defesa de medidas mais severas na guerra contra o coronavírus.


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