Risco de infestação pelo aedes aegypti em Quixadá caiu de 12.5% em 2016 para apenas 5.1% em 2018

O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) indica que 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestaçãocom risco de surto para dengue, zika e chikungunya.

O Ministério da Saúde alerta a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, mesmo durante o outono e inverno, em todo o país.

Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas três doenças, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.

Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.069 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.711 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%.

O Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das doenças (dengue, zika e chikungunya). Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.

QUAL A SITUAÇÃO DE QUIXADÁ?

Agente de endemias em Quixadá utilizando bomba costal no combate ao mosquito.

Quixadá melhorou muito desde 2016, saindo de um Índice de Infestação Predial de estratosféricos 12.5% para apenas 5.1%.

A queda do risco foi significativa, mas ainda não foi suficiente para retirar o município do grupo de 19 no Ceará com possibilidade de surto de doenças causadas pelo mosquito, o que deve motivar a gestão pública a aprofundar sua parceria com a população para manter o avanço na queda do índice.

Como Quixadá tem conseguido reduzir esse número de maneira tão eficiente?

Somente nos primeiros dois meses de 2017, o serviço de limpeza que foi implantado em regime de urgência conseguiu retirar das ruas 20 mil toneladas de lixo, conforme dados do poder executivo. Isto foi um golpe poderoso contra o mosquito Aedes Aegypti, que encontrava na sujeira espalhada nas vias espaços fáceis para proliferação. A seguir, foi determinada a manutenção de uma programação regular de limpeza.

Ainda em janeiro de 2017, foi criado o Comitê Municipal de Combate às Arboviroses, organismo ligado à Secretaria de Saúde e que realiza reuniões mensais envolvendo vários setores da sociedade. Este nível de organização permitiu o desenvolvimento de estratégias de combate ao Aedes Aegypt.

Capacitação de agentes de saúde em Quixadá em 2017.

A prefeitura também contratou vinte e seis novos profissionais de combate às endemias, além de dar resolutividade a algumas demandas da classe. Isto permitiu que o volume de atividades de visitas aos domicílios dobrasse 100%.

A presença constante dos agentes nas casas foi fator fundamental para a política eficiente de combate ao mosquito. Nas visitas, são realizadas inspeções, eliminação e tratamento de possíveis criadouros do Aedes Aegypti. Nos reservatórios de maior capacidade de armazenamento, a gestão pública investiu no controle biológico através de peixamento e telamento em caixas d’água.

De acordo com a Secretaria de Saúde do município, a vigilância epidemiológica é imediatamente acionada para visitar a residência de pacientes com suspeita de dengue ou chikungunya o mais rápido possível. O objetivo é realizar a ação de bloqueio através do borrifamento espacial por meio de bombas costais.

Estas ações tem permitido a redução do Índice de Infestação Predial em Quixadá. É importante, porém, que a população se conscientize de que pode juntar forças cuidando cada um do seu próprio espaço, mantendo-o limpo, seco e livre de potenciais focos do mosquito.

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QUIXERAMOBIM

Em Quixeramobim, a situação se agravou em relação aos anos anteriores. Os dados do Ministério da Saúde mostram que o município está com Índice de Infestação Predial de 11.0%, considerado altíssimo. A gestão de Clébio Pavone deve tentar estreitar a parceria com a população para evitar um surto que parece iminente. O quadro é perigoso e demanda atenção urgente.

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