O médico quixadaense Ricardo Silveira (PMDB) e o deputado federal Danilo Forte podem estar planejando uma dobradinha no Sertão Central na próxima disputa eleitoral. Enquanto Ricardo seria candidato a deputado estadual, Danilo tentaria a reeleição para a Câmara dos Deputados. A eventual dobradinha incluiria um trabalho dos dois também no município de Alto Santo.
Apesar destas especulações dos bastidores, nem Danilo e nem Ricardo confirmam a existência de qualquer acordo do tipo.
Danilo Forte perdeu a presidência estadual do PSB para o deputado Odorico Monteiro e deve deixar o partido. Analistas apontam o DEM como seu provável destino. Danilo Forte foi aliado do ex-prefeito João Hudson, mas a parceria não durou até o final do mandato do ex-prefeito. Opositor do PT, Danilo também tem diferenças políticas com o grupo de Osmar Baquit, atual aliado do prefeito Ilário Marques em Quixadá.
Já Ricardo Silveira tem fortalecido cada vez mais sua permanência no PMDB. O médico, porém, é cuidadoso quanto a colocar em evidência seu apoio ao governo do presidente Michel Temer, que tem aprovação de apenas 3% dos brasileiros, conforme pesquisas recentes. Ricardo foi nomeado, na semana passada, superintendente da Fundação Nacional de Saúde no Ceará (Funasa), órgão que está sob controle do PMDB desde 2005. A indicação política, claro, foi do senador Eunício Oliveira.
Curiosamente, Danilo Forte também tem história com a Funasa, tendo-a presidido entre os anos de 2008 e 2010, quando deixou o cargo para concorrer como deputado pelo PMDB-CE.
Outra das conversas dos bastidores políticos locais é de que Ricardo Silveira, em vez de concorrer ao parlamento cearense, tentaria apoiar o nome de Daniel Oliveira, sobrinho de Eunício Oliveira, em Quixadá. Esta teria sido uma das condições, inclusive, para que o médico ganhasse a indicação para a Funasa. A história, obviamente, não tem confirmação oficial. Caso concorresse para deputado e perdesse com números negativos expressivos, isto poderia prejudicar a candidatura de Ricardo para a prefeitura em 2020. Em vez disto, a experiência na Funasa é vista como positiva para sua intenção eleitoral no próximo pleito municipal.
