O primeiro dia de lockdown em Quixadá, neste sábado, 13, está sendo marcado por violações abertas ao decreto sanitário do Governo do Estado. Embora tenha acontecido significativa diminuição do comércio no Centro da cidade, muitos estabelecimentos não fecharam as portas, ou funcionaram disfarçadamente, com apenas meia porta aberta.
Nos calçadões, vendedores de frutas e verduras continuaram com suas atividades em sua quase normalidade. Frigoríficos, o mercado, pequenas lojas de roupas, utensílios e bijuterias são vistas funcionando tranquilamente. O reflexo da movimentação se vê no fluxo de veículos. Vagas para estacionamento quase não há, como em todos os dias normais.
Ao que parece, se o Estado e a Prefeitura não montarem uma força-tarefa proporcional à urgência do lockdown, a medida meramente escrita pouco vai servir. Fragilizado por muitos meses afetado pelas medidas sanitárias, o comércio dá sinais de que pretende resistir às determinações do Governador Camilo Santana.
O sistema de saúde do Ceará está, na prática, colapsado, com grandes filas de espera por um leito de UTI. Além da incidência do coronavírus, há também a ocorrência de outras doenças, AVCs, infartos, acidentes etc, que demandam do sistema de saúde. O lockdown, conforme explicado pelo secretário de saúde do Estado, Dr, Cabeto, visa diminuir essa pressão que tinge a rede pública e privada de assistência hospitalar.
