Por mera birra contra Ilário, vereadores de oposição tentam impedir prefeitura de ajudar catadores

Uma oposição política se faz respeitar quando apresenta projetos alternativos àqueles dos quais discorda. Mas em Quixadá o único projeto da oposição é atrapalhar os trabalhos da prefeitura, mesmo que para isso atue com crueldade contra trabalhadores humildes.

Um barão contra humildes catadores

O dentista Marcelo Ventura, por exemplo, que vem de família rica e que nunca soube o que é ter de suar sob o sol para alcançar o sustento, teve a maldade de se posicionar contra um projeto do poder executivo que objetiva ajudar os catadores com uma bolsa de R$ 300. Ele foi quem propôs aos vereadores de oposição se abster de votar qualquer projeto levado para a câmara por Ilário Marques.

O dentista Marcelo Ventura lidera boicote aos catadores.

Marcelo Ventura ficou chateado com a gestão Ilário Marques desde que sua esposa, também dentista como ele, teve o contrato encerrado e não renovado no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). Foi ao parlamento e mentiu dizendo que ela havia sido demitida por perseguição política. Na verdade, o contrato dela tinha encerrado, assim como de vários outros profissionais. Agora, para não aprovar um projeto bonito de ajuda para humildes catadores, esse vereador barão massacra trabalhadores que se sustentam fazendo reciclagem. Uma maldade que não dá para descrever.

Quando termina as sessões na câmara, Marcelo Ventura pode ir para a mansão da sua família na Serra do Estevão e curtir, no balanço da rede ou na piscina, o canto dos pássaros raros que ele compra a peso de ouro. Diversão de barão. Mas os catadores que assistiram a crueldade da bancada de oposição nesta quarta-feira, 18, foram para suas casa sabendo que Quixadá tem vereadores como Marcelo, de bucho cheio, muito papo na ponta do bico e dispostos a impedir que eles recebam ajuda para se manter no trabalho pesado de reciclagem.

É a elite econômica de Quixadá contra humildes trabalhadores braçais. A disputa contra Ilário Marques não é justificativa para essa atuação que não poupa nem famílias pobres.

“Esmola”

Além de Marcelo Ventura, apoiaram também o boicote aos catadores os vereadores Cabo Marlim, Luiz do Hospital, Evaristo e Dudu, Louro da Juatama e Damasceno.

A bolsa de R$ 300 foi classificada por estes vereadores de oposição como “esmola”, porém, o valor é superior ao Bolsa Família, do governo federal, e a outras transferências de auxílio social praticadas pela União. Marcelo Ventura e seus companheiros de baderna no parlamento podem achar a bolsa de R$ 300 uma esmola, e para eles deve ser mesmo, já que recebem diárias que equivalem a um valor muitas vezes maior que isso, além do salário gordo todo mês. Aliás, como combinaram se abster nas votações, vão passar a receber da câmara para não fazer nada, além de zoada contra a prefeitura. Uma vergonha!

Deviam, pelo menos, ter a decência de apresentar um projeto paralelo, diferente. Mas não. Só querem causar nas redes sociais, servir de bucha de canhão para gritaria besta em rádios da cidade e mais nada. Quem sofre com essa birra maluca e imoral são os mais pobres. Realmente, vários catadores saíram da câmara quase chorando por verem gente rica atuando para impedi-los de receber uma modesta ajuda da prefeitura.

Tudo bem criticar a prefeitura quando ela erra, mas quando acerta não custa colaborar e incentivar. Quem é que pode, com a consciência tranquila, impedir catadores de receber ajuda do poder público em uma atividade que pode ser considerada essencial dentro do plano municipal de coleta?

O vereador Damasceno, mais moderado, é outro que resolveu impedir os catadores de receber ajuda. Ele é empresário bem sucedido, mas pelo visto não se importa se sua birra contra Ilário Marques prejudica homens e mulheres humildes.

Louro da Juatama, que há anos não dá uma ideia boa para seu distrito, e que não viu nenhum erro na gestão João da Sapataria, que ele apoiava com unhas e dentes, agora se sente com moral para fazer denúncias falsas. O DQ vai tratar em outra matéria sobre uma suposta “casa fantasma” que Louro afirma que a prefeitura mantém em Juatama. A informação dele é falsa e fácil de ser verificada.

Como se tivesse feito muito por Quixadá durante o desmantelo da gestão que apoiou no passado, Louro sobe a crista em toda sessão e fala como se fosse o galo moral do terreiro, quando seu histórico demonstra com clareza que não passa de um pinto pelado no galinheiro, para se usar uma figura de linguagem a altura do seu comportamento. Quem se calou durante os anos de caos de 2013 a 2016 não tem moral para gritar coisa nenhuma agora, principalmente se for para prejudicar trabalhadores humildes como os catadores.

Apoiaram também o boicote aos catadores os vereadores Cabo Marlim, Luiz do Hospital, Evaristo e Dudu. Se depender desses vereadores, os catadores vão continuar sem ajuda.


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