A oposição ao governo municipal de Quixadá avalia que há necessidade de articular maior defesa do governo Bolsonaro nos meses que antecedem as eleições municipais.
A análise é de que a reação do presidente à crise sanitária gerada pelo coronavírus tem prejudicado sua imagem junto àqueles que o apoiaram na eleição de 2018, e que isto pode ter reflexos negativos nas campanhas de aliados no município.
Parte do esforço dos seguidores de Bolsonaro em Quixadá envolve divulgar nas redes sociais que o governo federal teria inundado os municípios com recursos milionários para o combate à pandemia. A informação, claro, não procede. O jornal O Globo traz, nesta quinta-feira, 04, extensa reportagem mostrando que estados e municípios esperam há 70 dias socorro federal. Ontem Bolsonaro vetou o auxílio de R$ 8,6 bilhões aos entes federativos.
Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, Bolsonaro está “sufocando estados e municípios a fim de que eles reabram o comércio e liderem a volta ao normal”.
Outra frente de defesa de Bolsonaro é a crítica persistente a toda e qualquer medida de combate ao coronavírus e promoção do isolamento social. A ideia é que, ao criticar medidas sanitárias estabelecidas por equipes da área da saúde, os efeitos do discurso negacionista de Bolsonaro em relação ao coronavírus, visto aqui como elemento de desgaste político, seria minimizado.
A tarefa de defender o governo Bolsonaro em um município que demonstrou extenso apoio a Camilo Santana em 2018 e que avalia positivamente as medidas adotadas pelo governador não é fácil.
