Justiça condena acusado de aplicar golpes contra Padre Orlando, em Quixadá, a mais de 8 anos de cadeia

Justiça condena acusado de aplicar golpes contra Padre Orlando, em Quixadá, a mais de 8 anos de cadeia

Leanderson Pereira de Aarújo, 26 anos, foi condenado pelo juízo da 2ª Vara da Comarca de Quixadá a oito anos, 11 meses e 15 dias de cadeia, pena que deve ser cumprida em regime fechado.

A pena foi aplicada contra Leanderson pelos crimes de furto, estelionato, falsificação de documento e extorsão, todos relacionados com a morte do Padre Orlando, em Quixadá.

O juiz Welington Alves de Mesquita justificou a impossibilidade do acusado responder em liberdade por ter alto grau de culpabilidade e há até pouco tempo ter a aplicação de golpes como meio de vida.

Leanderson Araújo responde ainda a outro processo que tramita na 3ª Vara da Comarca de Quixadá pela acusação do crime de apropriação indébita.

A INVESTIGAÇÃO

Leanderson Araújo é acusado de aplicar golpes contra o falecido Monsenhor Luís Orlando de Lima, 56 anos. O sacerdote foi encontrado morto no dia 16 de fevereiro de 2018, na casa paroquial onde morava, no Bairro Alto São Francisco, em Quixadá.

A Polícia Civil concluiu que a morte do padre foi suicídio.

A investigação policial apontou que, assumindo falsamente o papel de assessor parlamentar do Deputado Raiundo Gomes de Matos (PSDB), Leanderson teria convencido Padre Orlando a fazer doações financeiras que, possivelmente, chegaram a R$ 800 ou R$ 1 milhão.

De uma única vez, o acusado teria convencido o religioso a pedir R$ 80 mil a um agiota de Quixeramobim. Assim, Padre Orlando estava endividado com agiotas da região, levado a esta situação pela atuação criminosa do acusado, conforme a polícia.

A Polícia Civil de Quixadá solicitou a prisão do acusado. Diante das evidência dos golpes aplicados contra o padre, o Ministério Público também se posicionou a favor da prisão.

Para a defesa de Leanderson Araújo, porém, a prisão foi uma tentativa do Delegado de Quixadá, Marcus Damasceno, de dar uma resposta rápida para a morte do padre, que era seu amigo pessoal. O TJ-CE rechaçou a versão e manteve a prisão.

O desembargador Haroldo Correia de Oliveira Máximo argumentou, na época, que o fato de Leanderson não possuir antecedentes criminais não lhe confere indulto para a impunidade.

Agora, Leanderson tem sua condenação confirmada. Ainda não se sabe se a defesa dele vai recorrer da decisão.


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