A proposta do primeiro cemitério vertical biosseguro de Iguatu, o segundo do Ceará nesses moldes, é aliar alta tecnologia e sustentabilidade, garantindo conforto e segurança. E a Funerária Caminho da Paz sai na frente neste segmento, a empresa que possui 20 anos de atuação no mercado surpreende a todos com o investimento que é tão importante e necessário para a cidade. O cemitério está sendo construído na Avenida do Contorno.
O empreendimento vem com base de um cemitério com os mesmos moldes de Recife, a empresa Vilatec Tecnologia Funerária faz a instalação e acompanhamento dos equipamentos, além de Iguatu a outra cidade que possui um cemitério vertical biosseguro é o município do Crato, no Cariri.
Ao todo, 290 gavetas estarão disponíveis no cemitério , distribuídas em cinco andares e com durabilidade superior a 50 anos. São peças únicas, sem emendas, produzidas em fibra de vidro e resina de garrafa pet e bagaço de cana. Cada túmulo construído significa 220 garrafas pet a menos no meio ambiente.
As gavetas ocupam uma área de menos de 290 m². No sepultamento convencional seria necessário 546m² para a mesma quantidade de sepulturas. A proporção é de um sepultamento convencional para cada sete sepultamentos verticais.
É importante destacar, também, que as gavetas não possuem poro algum, logo, não há vazamento dos líquidos provenientes da deterioração dos corpos, impedindo, assim, a passagem de gases para o espaço de circulação de trabalhadores e visitantes. Além disso, há dispositivos que permitem a troca gasosa em todas as gavetas, propiciando as condições necessárias para a decomposição.
O sistema rotativo de gavetas resolve a necessidade de novas sepulturas com o passar do tempo, pois os corpos permanecem ali por três anos em um processo de decomposição, sendo, então, direcionados, posteriormente, para um ossuário, com identificação do sepultado. Segundo a direção da Funerária Memorial Caminho da paz, serão construídos mais de 2 mil ossuários.
” É um investimento onde estamos prezando pelas famílias em um dos momentos mais dolorosos, para isto nós que fazemos a Funerária Caminho da Paz pesquisamos no mercado algo que pudesse atender a demanda, não poderíamos construir um novo cemitério com os que existem nos moldes atuais, mas um que pudesse alinhar a realidade do momento”, disse Marcos Vieira, gerente da empresa.
Seguindo o padrão sustentável, as lápides são feitas com um tipo de granito ecológico, desenvolvido a partir do bagaço da cana-de-açúcar, 20% de palha de coco seca, carbonato de cálcio misturado a areia, fibra de vidro e resina com 30% de garrafa pet reciclada.
A tecnologia faz a diferença neste novo cemitério que está sendo construído em Iguatu, segundo o gerente da Funerária Caminho da Paz, um sistema faz até o tratamento de gases que são encontrados dentro dos túmulos, “uma cabine, acoplada às gavetas, abriga o Módulo de Controle e Comando (MCC). Deste local são monitoradas a pressão, a temperatura e a umidade de cada túmulo. O espaço também comporta o sistema de tratamento de gases, proveniente das gavetas. Três colunas filtram esse ar sujo, devolvendo-o ao ambiente sem odores. Outra válvula recebe o ar limpo da natureza, que é injetado em todas as gavetas ocupadas, ao mesmo tempo”, destacou Marcos Vieira.
O MCC também gerencia automaticamente a vedação das gavetas por meio de um teste de estanqueidade, feito sempre após cada sepultamento. A precisão do procedimento detecta qualquer furo ou falha na lacração, permitindo que os vazamentos ocorridos na operação sejam reparados.
Assim sendo, caso seja detectada alguma falha na integridade da gaveta, independente da causa, o sistema entra em “módulo de alerta” e executa automaticamente o protocolo de segurança, que consiste em manter um vácuo permanente. Na sequência, o MCC envia um alerta por SMS para os celulares dos responsáveis, informando e identificando o lugar do possível vazamento.
O modelo de sepultamento não contamina o ar, o solo ou o lençol freático. Além disso, reduz o nível de enxofre lançado no meio. Todo o processo descrito atende por completo a Resolução CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) 335/2003, que detalha as diretrizes a serem seguidas para licenciamento ambiental tanto de cemitério convencional quanto vertical.
Um espaço também está sendo construído para que sejam realizados os velórios, áreas climatizadas, capelas e nesta setor a tecnologia também fará a diferença, onde as famílias e amigos que desejarem realizar homenagens, o espaço terá sonorização, iluminação e projeção de fotos, vídeos e áudios que serão entregues a direção da funerária para que possam ser reproduzidos durante os velórios.
A expectativa da Funerária Caminho da Paz é que a inauguração deverá acontecer até o fim de abril.