Imoral! Gestão João Paulo propôs a concursados trabalhar voluntariamente; em troca, poderiam escolher onde seriam lotados

João Paulo de Menezes Furtado

Que a gestão interina de Quixadá acabou sendo um grande desastre para o município, disto ninguém tem dúvidas. João Paulo de Menezes Furtado, que se juntou a opositores políticos de Ilário Marques, teve chance de mostrar que sabia governar melhor, mas jogou a oportunidade no ralo.

Uma das atitudes mais irresponsáveis da recém desfeita administração foi ter demitido terceirizados sem construir, antes, um processo de transição com os aprovados no concurso de 2016, deixando postos de saúde, hospital, UPA e demais prédios públicos descobertos de serviços tão básicos como varrição e vigilância, além de não ter pago aqueles a quem demitiu.

Diante do caos que se instalou, com enfermeiras varrendo o chão do hospital Eudásio Barroso e até acompanhantes de pacientes efetuando os serviços característicos de auxiliares de serviço, a administração adotou uma atitude imoral: propôs a alguns dos aprovados no concurso público de 2016 trabalharem de graça, voluntariamente. Em troca, teriam a oportunidade de escolher o lugar onde seriam lotados após a posse.

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A secretária de saúde Juliana Câmara, que retomou o controle da pasta com o retorno de Ilário ao comando da prefeitura, disse ter ficado surpresa quando verificou a existência de pessoas trabalhando no hospital Eudásio Barroso sem estarem vinculadas a nenhuma folha de pagamentos. Ela, então, descobriu o esquema desonesto que visava burlar a lisura da distribuição de servidores no futuro processo de lotação.

“A gente precisa das pessoas para conseguir dar uma assistência para a vida na área da saúde. Essa falta de planejamento foi uma grande irresponsabilidade. Eu tive que dispensar esses voluntários, porque mantê-los ali seria imoral. Não se propõe esse tipo de coisa a um servidor público”, afirma Juliana Câmara. Ela tem os nomes e a quantidade de pessoas que aceitaram a proposta absurda da gestão João Paulo e já sabe, inclusive, quem foi que apresentou a proposta desonesta.

Apressada para ter servidores trabalhando, após ter demitido sem planejamento os terceirizados, a gestão interina chegou a marcar a data da posse dos convocados. Descobriu-se agora, porém, que os candidatos não passaram por avaliação médica, como manda o edital, e nem sequer uma comissão de avaliação de documentos havia sido montada para examinar a documentação entregue pelos convocados. Feito no atropelo dos procedimentos, as nomeações poderiam ser questionadas no futuro.

Para lidar com isto, a atual gestão já publicou edital de convocação para que os concursados passem por avaliação médica. A documentação já entregue será aproveitada e nenhum procedimento feito corretamente até agora será descartado. A posse de todos os convocados deve acontecer ainda no mês de dezembro.


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