O ex-diretor da Unidade de Pronto Atendimento de Quixadá, Raul Dinelly, bateu forte em uma fake news criada para dar a impressão de que o equipamento de saúde poderia perder recursos federais por causa de um suposto sucateamento produzido pelo governo Ilário Marques.
Raul enviou áudio informando que, na verdade, Ilário fez um grande trabalho na UPA e lhe deu boas condições de funcionamento. Ele entregou ao gestor interino, João Paulo de Menezes Furtado, uma lista de itens que precisavam ser repostos com urgência para que a UPA ficasse 100% para receber a equipe de fiscalização do Ministério da Saúde. Mas afirma que, em momento algum, quis dizer que o equipamento havia sido sucateado por Ilário, pois, conforme entende, deu-se exatamente o contrário.
“É preciso ter um caráter muito vagabundo para fazer uma história dessa. A UPA começou a dar para trás no dia que o João Paulo assumiu a prefeitura, porque ele a abandonou. A UPA passou a viver de esmola, pedindo equipo, pedindo soro, pedindo antibiótico, ao Choró, ao Quixeramobim, pedindo no Emoce, onde tivesse. E eu fiz isso não para agradar ninguém, mas para salvar o povo que estava doente”, afirma.
De fato, profissionais de saúde repercutiram no decorrer das últimas duas semanas a decisão do prefeito interino de bloquear quaisquer pagamentos ou liberações de compras, inclusive para unidades de saúde como a UPA. O hospital Eudásio Barroso, por exemplo, teve que comprar oxigênio à força, desobedecendo ordem do prefeito interino para não comprar nada, segundo relatos de servidores.
“Ele precisa entender que nesses lugares a política deve ficar de lado. Ali as pessoas estão doentes. Proibir comprar oxigênio é o mesmo que condenar gente à morte”, disse uma servidora ao DQ, que não será identificada. “Se ele quer destruir o que o Ilário vinha fazendo por que acha que isso vai ajudar ele politicamente, escolha outra área da prefeitura, não a saúde. Aqui não é decente fazer isso”, conclui.
ESCUTE A ÍNTEGRA DO ÁUDIO DE RAUL:
