‘Alguns gatos pingados querem sujar o nome daqui, mas aqui tem gente honesta, trabalhadora’, desabafa moradora de novo bairro em Quixadá

Rua no Residencial Rachel de Queiroz, em Quixadá.

O Residencial Rachel de Queiroz, em Quixadá, nasceu a partir do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. As suas 1.454 casas foram entregues no início deste ano às famílias contempladas. Desde então, ganhou nova vida e se tornou o lar de cerca de cinco mil pessoas, muitas das quais saíram do aluguel para realizar o sonho da casa própria.

No Residencial Rachel de Queiroz tudo é muito simples, porém, também muito acolhedor. O novo bairro conta com vários equipamentos públicos, tais como praças, academias ao ar livre, parquinhos infantis e ruas e avenidas largas. Uma creche com capacidade para centenas de crianças já está em funcionamento, assim como um moderno prédio da Assistência Social.

Aos poucos, o poder público vai equipando o novo bairro e estreitando parceria com os moradores para a promoção da paz e do bem viver no local.

Mas ações ilícitas já foram registradas. O 9º Batalhão da PM, sediado em Quixadá, já registrou um homicídio. A vítima era natural de Ibicuitinga, município vizinho, e estava no novo bairro na casa de amigos. Pessoas acusadas de tráfico de drogas já foram presas no local e drogas e material ilícito já foram apreendidos.

Nas redes sociais, algumas pessoas se manifestam para dizer que o Rachel de Queiroz, com o tempo, vai acabar se tornando um lugar perigoso para se viver, talvez até dominado pelo tráfico. As forças de segurança, como era de se esperar, estudam como evitar que isto aconteça. Polícia e prefeitura, neste caso, precisam andar de mãos dadas, investindo não apenas no trabalho ostensivo, mas principalmente na formação de jovens e na inclusão social das pessoas, criando oportunidades para que elas se envolvam com atividades salutares.

RECORTE DO FACEBOOK

Uma moradora do novo bairro, cujo nome será preservado nesta matéria, usou a rede social Facebook para um desabafo sobre o local. “Aqui é uma moradia muito boa”, diz ela. Ao comentar a prisão de pessoas envolvidas com tráfico de drogas, ela afirma: “Essas coisas hoje em dia não escolhem lugar. Podem ir na Aldeota, em Fortaleza, que com certeza vai ter também.”

“O povo está criando coragem e está denunciando”, ela acrescenta. De fato, todas as ações policiais que resultaram na prisão de pessoas e na apreensão de drogas aconteceram após denúncias. Isto mostra que os moradores não querem que o Rachel de Queiroz se transforme num lugar violenta, dominado pelo tráfico.

“As pessoas ficam criticando, ficam apelidando aqui com os piores nomes, mas aqui tem gente honesta que trabalha todos os dias. Tem alguns gatos pingados que querem sujar o nome daqui, mas a Polícia está aí dando resultado e não vai deixar acontecer o que muitos querem que aconteça”, finaliza.

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