Aglomerações nos bancos e comércio irregular dificultam melhora no quadro epidemiológico em Quixadá

Aglomerações nos bancos e comércio irregular dificultam melhora no quadro epidemiológico em Quixadá.

Quixadá, no Sertão Central, tem 739 casos ativos de covid-19, segundo o último boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde local. Mas estes são os casos testados e, por isso, comprovados e conhecidos. Considerando a possibilidade de que existam muitos assintomáticos, o número deve ser bem maior. A situação, portanto, é grave e desafia as autoridades de saúde. No acumulado da pandemia, 138 pessoas já perderam suas vidas para a Covid-19.

Mas dois aspectos da crise sanitária tendem a piorar ainda mais o cenário: as aglomerações nas agências bancárias e a insistência de comerciantes em violar os decretos sanitários e desconsiderar cuidados básicos de combate à disseminação do vírus.

Nesta segunda-feira, 10, por exemplo, aglomerações em agências bancárias foram vistas à exaustão em Quixadá. Pessoas se acomodam nas calçadas e nas portas das agências bancárias, sem nenhum distanciamento, às vezes até sem máscaras. Faltam funcionários para organizar as filas, distribuir álcool em gel e garantir o mínimo de proteção a quem espera. No ano passado, a prefeitura conseguiu na justiça que os bancos adotassem medidas de proteção, mas todos eles continuam deixando a desejar no contexto da pandemia.

No interior das agências as cenas são lamentáveis. O que se vê é uma irresponsabilidade que pode custar vidas. As pessoas precisam receber dinheiro, muitas vezes de auxílio emergencial, mas não precisariam, com um mínimo de decência dos bancos, que são ricos, passar pelo que passam ao tentar fazer isso.

Outro aspecto que desafia a melhora do quadro epidemiológico em Quixadá é a insistência de alguns comerciantes em violar os decretos sanitários. Em Quixadá, o comércio está autorizado a funcionar de 7 às 13 horas, mas o que se vê são portas abertas durante todo o dia. Em alguns estabelecimentos sequer existe álcool em gel disponível aos clientes ou qualquer preocupação com distanciamento. Outros funcionam com meia porta aberta e, no interior, clientes aglomeram. Sem conscientização, a situação pode piorar ainda mais e gerar ainda mais problemas para a economia local.

Atualmente, o Sertão Central é uma das duas regiões do Estado sem redução nos números de novos casos. Pelo contrário, a doença ameaça cada vez mais a segurança de todos.


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