A partir do dia 1º de setembro, serão permitidas atividades presenciais em creches e escolas particulares para aulas de pré-escola. A reabertura na educação foi anunciada pelo governador Camilo Santana (PT) durante transmissão nas redes sociais ontem, 28. As instituições poderão funcionar com 30% da capacidade. Também é obrigatório dar aos pais a opção de manter o ensino remoto. A determinação vale para a Capital e os demais municípios da Macrorregião de Saúde de Fortaleza, que cumpriram a 4ª fase de reabertura.
A partir desta data, também serão permitidas atividades de cinemas, teatros, museus e bibliotecas com até 35% da capacidade; atividades extracurriculares como ensino de idiomas e informática; atividades de apoio a educação, como serviço transporte escolar; aulas teóricas e práticas de autoescola (35%); e atividades esportivas em locais abertos.
Decisão sobre os estudantes das outras séries fica para semanas seguintes. Escolas e creches públicas ainda não reabrirão. As aulas presenciais foram suspensas em 16 de março, um dia após a confirmação dos três primeiros casos de Covid-19 no Estado.
Para o epidemiologista Marcelo Gurgel, professor e membro do GT de Enfrentamento à Covid-19 da Universidade Estadual do Ceará (Uece), “o governo foi muito módico e cauteloso, vem postergando o retorno das aulas e continua gotejando a liberação”. Contudo, ele frisa que a educação infantil é a faixa de ensino onde há maior interação e proximidade com os professores. “É muito mais difícil impedir o contato, é um contrassenso. Há um nível de aproximação maior. Ficou incompreensível. E são as que têm mais contato com os avós”, alerta.
“Entendemos que não é momento de retorno das atividades presenciais de modo algum. Não se pode comparar com outros setores porque a escola tem a natureza de maior integração”, afirma Reginaldo Pinheiro, presidente em exercício do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Apeoc). Ele menciona que nem todas as instituições particulares têm estrutura e profissionais para permitir segurança.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares do Ensino do Ceará (Sinepe-CE), informou que “as instituições seguirão rigorosos protocolos para a retomada das atividades visando a segurança de alunos, professores, colaboradores e familiares”.