30% da população cearense tem algum tipo de adoecimento mental, aponta Ipece

A campanha ‘Setembro Amarelo’ debate questões ligadas à saúde mental e prevenção ao suicídio. Um assunto delicado, mas que precisa ser discutido. Números revelam a necessidade urgente da abordagem – correta – desta temática. Dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) apontam que cerca de 30% da população cearense tem algum tipo de deficiência, o que representa mais de dois milhões de pessoas.

Se o cenário, antes, já acendia a luz de alerta, agora, no mundo pós-pandêmico, se agravou ainda mais. Uma pesquisa do Instituto Opnus apontou que 6 em cada 10 cearenses apresentaram medo, ansiedade, depressão e pânico durante o isolamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Para lidar com esta doença, especialistas destacam a importância de um diagnóstico assertivo e um tratamento correto.

“É possível tratar e, mais do que isso, também temos ferramentas e meios de trabalhar a prevenção de quadros de adoecimentos psíquicos e transtornos mentais”, diz Elaine de Tomy, filósofa, psicanalista e vice-presidente do Instituto Revoar. O psicólogo vai atuar justamente na linha de frente desse processo de elaboração e ressignificação do adoecimento fazendo uma ponte entre o paciente, seus familiares e a equipe especializada – que pode envolver, por exemplo, psicólogo e psiquiatra.

Sintomas como mudanças no corpo, desencantamento com a rotina, afastamento da família, dentre outros, são apontados por Elaine como indicativos do adoecimento mental. “É um tema que ainda tem muitos tabus na sociedade e falar sobre ele é o primeiro passo para quebrarmos as barreiras que são tão danosas ao processo de cura”, acrescenta a especialista.

Compartilha:

Veja Mais