Após o governo federal anunciar que pretende acabar totalmente com a isenção de produtos da cesta básica na primeira etapa da reforma tributária — que deverá ser enviada ao Congresso Nacional ainda este ano, o Insituto Brasileiro de Planejamento e Tributação ( IBPU ) calcula que o preço do conjunto de produtos considerados essenciais para a família brasileira deve subir, em média, 22,68%.
Em alguns Estados, o valor da cesta básica, que hoje está numa média de R$ 400, pode subir para pouco mais de R$ 600. O valor, então, corresponderia a cerca 60% do salário mínimo.
O cálculo foi feito pelo presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, com base na média dos tributos que incidem em 12 itens da cesta básica: carne (29%); leite (18,65%); arroz (17,24%); feijão (17,24%); farinha (17,34%); batata (11,22%), molho de tomate (36,05%); banana (21,78%), acúçar (30,61%); café (16,52%); óleo (22,79%); e manteiga (33,77%). O cálculo teve como base o estado de São Paulo, que representa 40% do PIB do país, mas deve se reproduzir com efeitos idênticos em todo o Brasil.