O Ministério da Saúde preparou uma cartilha para fornecer orientações aos profissionais que lidam com os corpos das vítimas da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Nela, há orientações bem específicas sobre manejo dos cadáveres, uso de EPI’s, limpeza no local do óbito, embalagem para sepultamento, reconhecimento de familiares e registro.
A principal preocupação é diminuir o risco de contaminação dos profissionais envolvidos e da comunidade, incluindo os parentes do morto.
Entre as orientações está a de limitar o reconhecimento do corpo a um único familiar ou responsável. Sugere-se que não haja contato direto entre o familiar e o corpo, mantendo uma distância mínima de dois metros entre eles. Quando houver necessidade de aproximação, o familiar deverá fazer uso de máscara cirúrgica, luvas e aventais de proteção; Sugere-se, ainda, que a depender da estrutura existente, o reconhecimento do corpo possa ser por meio de fotografias, evitando contato ou exposição.
Os cadáveres, após procedimento de limpeza, são embalados em três camadas de proteção. O corpo é enrolado em lençóis e, depois, colocado em saco plástico impermeável. Um terceiro saco plástico é utilizado e ele deve ser submetido a desinfecção com álcool a 70%, solução clorada 0,5% a 1% ou outro saneante regularizado pela Anvisa, antes de ser enviado para transporte pelos agentes funerários.
Um aviso claro na parte externa da caixa funerária deve conter a informação: COVID-19, AGENTE BIOLÓGICO CLASSE DE RISCO 3. Esta classe de risco é quando o agente biológico, no caso o vírus, tem alto potencial de infecção de pessoa para pessoa.
Depois de todos estes cuidados, o Ministério da Saúde orienta que o corpo deve ser acomodado em urna a ser lacrada antes da entrega aos familiares no cemitério. Não deve haver velório e qualquer cerimônia antes do enterro, se houver, não deve demorar mais do que alguns minutos. O órgão fornece na cartilha muitas outras orientações que considera essenciais para que o tratamento final do corpo da vítima da covid-19 não represente ameaça de maior proliferação do coronavírus.
