No dia 22 de maio os quixadaenses foram abalados pela notícia de que um bebê de apenas 26 dias, Kaio Ryan Santos Sousa, foi encontrado morto, por volta de 5 horas, na cama onde dormia, numa casa localizada no Bairro Renascer.
Boatos que circularam nas redes sociais apontavam para asfixia como causa provável da morte. Houve quem chegasse a afirmar irresponsavelmente que a mãe havia dormido sobre o bebê. A informação era falsa e trouxe enorme dor para a família, principalmente para a genitora, que teve que lidar com suspeitas cruéis.
O Diário de Quixadá manteve contato com parentes do bebê e teve acesso ao laudo do Núcleo de Perícias Médicas e Odontológicas de Russas. O documento é assinado pela perita Renata Adele de Lima Nunes. Não publicaremos a íntegra do laudo a pedido da família.
No documento, a profissional descreve todos os exames feitos no cadáver do bebê. Descarta a hipótese de qualquer tipo de violência, dizendo: “Não visualizamos sinais de violência ao exame externo.” Em seguida, conclui que a causa da morte não foi asfixia e deve ser descrita como indeterminada.
“Hipótese seria morte súbita do lactante, corroborada pelas manchas de hipóstase, que atesta que o bebê estava na posição de decúbito ventral (de barriga para baixo), o que facilita a ocorrência desta condição; porém, não há como afastar morte natural por outras afecções, como cardiopatia congênita”, afirma no laudo.
O laudo também descarta a possibilidade do emprego de qualquer instrumento ou de violência contra o bebê. Esta informação deve trazer tranquilidade para a mãe do bebê, que precisou, inclusive, de atendimento médico para lidar com a dor da tragédia e também com as insinuações cruéis de que ela teria alguma culpa pela morte do lactante.