O desenvolvimento de equipes de alta performance

As empresas modernas cada vez mais vivenciam grandes desafios no ambiente mercadológico competitivo onde se encontram inseridas. A busca pelo desenvolvimento de pessoas e equipes de alta performance é um destes desafios. Para alcance desta ousada meta são necessárias às corporações e seus líderes habilidade e determinação, amparados por uma postura criativa e carismática para alcance das satisfações de todos os públicos de interesse que fazem parte da cadeia produtiva da empresa.

Faz-se crucial o entendimento do atual líder organizacional sobre o processo de capacitar pessoas e equipes, que na atualidade ultrapassa o treinamento e desenvolvimento funcional e passa a compreender diversas variáveis organizacionais, dentre as quais podemos citar a aprendizagem organizacional, a cultura da liderança pela excelência, o endormarketing, dentre outras ferramentas de gestão.

A retenção de talentos, a disposição e o comprometimento organizacional do funcionário possuem relações diretas com atitudes leais e justas de ambas as partes e com a oferta de espaço para desenvolvimento e participação efetiva na vida funcional e na tomada de decisão organizacional por parte dos funcionários. Dados de uma pesquisa da Watson Wyatt, ressaltam que organizações que investem em clima organizacional têm, em média, aumento de 15% de rentabilidade sobre o patrimônio líquido.

Percebe-se neste contexto que o funcionário representa hoje o maior ativo organizacional, devendo a consolidação da parceria ganha-ganha entre ele e empresa ser fator preponderante para a geração de um clima de satisfação, de alcance de resultados e para auto realização profissional, alcançando-se, assim, a tão sonhada eficácia operacional e profissional e gerando um clima propício para a inovação e consequente aumento de competitividade.

No Brasil, pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Empreendedorismo e Inovação – INEI – revela dados preocupantes com relação ao incentivo à inovação no ambiente empresarial, fator preponderante para o desenvolvimento de equipes de alta performance. Segundo a pesquisa, as forças contrárias à inovação se relacionam a um perfil de liderança restritivo e inibidora e à precariedade de sistemas de avaliação de desempenho e de reconhecimento e recompensa (ambos com 88% dos casos), seguidos de 82% dos casos que afirmam sua incapacidade de reter talentos estratégicos, culminando na impossibilidade de geração de inovação no ambiente corporativo.

Para a Fundação Nacional da Qualidade (2008): “o sucesso das organizações depende cada vez mais das oportunidades de aprendizado das pessoas que as integram e de um ambiente favorável ao desenvolvimento das suas potencialidades. Valorizar pessoas significa assegurar seu desenvolvimento, bem-estar e satisfação, criando práticas mais flexíveis e produtivas para atrair e reter talentos, bem como um clima organizacional participativo e agradável, que propicie um alto desempenho pessoal e organizacional”.

Um novo conceito que vem ganhando espaço neste cenário de desenvolvimento de equipes e profissionais de alta performance. Trata-se da Cultura Employeeship, que se refere à aplicação de conhecimentos culturais, éticos, morais e técnicos, reforçando nos funcionários a consciência de sua missão pessoal e de sua importância enquanto cidadão responsável e aplicado ao desenvolvimento contínuo por meio de três princípios básicos – lealdade, responsabilidade e iniciativa.

Assim, podemos considerar que o desenvolvimento de equipes e profissionais de alta performance relacionam-se à um clima organizacional estrategicamente concebido que envolve liberdade para atuação, oferta constante de desafios para promover um ambiente de crescimento individual e coletivo por meio de cooperação e união, comunicação alinhada envolvendo todos os públicos de interesse organizacional, um sistema de reconhecimento efetivo e uma política de RH que atenda aos principais anseios corporativos e de equipe (foco na Qualidade de Vida no Trabalho – QVT, sistema de recompensa, Treinamento e Desenvolvimento, Sociabilidade e Orientação para Resultados).

Gioconda Queir é administradora de empresas e escreve sobre gestão e negócios para o Diário de Quixadá. 


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