Ilário quer devolver dinheiro de terrenos leiloados em 2016 por considerar preços abaixo do valor de mercado

O prefeito de Quixadá, Ilário Marques, quer devolver ao município a propriedade de um terreno adquirido ano passado por particular, através de leilão, por considerar que o preço estava muito abaixo do valor de mercado.

Com este objetivo, o chefe do executivo está enviando para apreciação da Câmara Municipal o Projeto de Lei Nº 018/2017, que revoga a Lei Nº 2.842, de setembro de 2016, que havia sido usada pelo ex-prefeito Wellington Xavier, o Ci, para desafetar e alienar em leilão imóveis de propriedade do município.

Para Ilário Marques, é estranho o fato de que,  da 2ª Ata de Leilão Público que ocorreu aos 08 de novembro de 2016 para a 3ª Ata de Leilão que ocorreu em 27 de dezembro do mesmo ano, o valor do imóvel tenha sido reduzido drasticamente de R$ 218.160,00 para apenas R$ 109.080,00, ou seja, 50% a menos em menos de trinta dias.

“O preço da arrematação do terreno mostra-se vil e desproporcional às dimensões e localização da área leiloada, fato que demonstra um completo descaso do antigo gestor para com a coisa pública”, afirma o executivo.

Com este entendimento, o gestor acredita que o município ficará no prejuízo caso o Projeto de Lei revogando tal transação não seja aprovado. Ele também pretende devolver à empresa realizadora do leilão o valor depositado pelo comprador do terreno, de modo a não deixá-lo no prejuízo.

Até o momento não foi dito quem foi o comprador do terreno e nem que tipo de uso faria dele. Aliados políticos do ex-prefeito João Hudson tem afirmado nas redes sociais que seriam feitos investimentos no espaço, mas sem deixar claro o que seria.

Para Ilário Marques, conforme declarações ao Diário de Quixadá, “é preciso ter coragem para não aceitar que trâmites que claramente são desvantajosos para a municipalidade continuem vigorando. É provável que quem apoia esse tipo de coisa também tivesse disposição para apoiar a continuidade de outras situações que nós estamos trabalhando para colocar fim, e que se instalaram na prefeitura no decorrer do desastre administrativo dos últimos anos.

Marques acrescenta: “Nós escolhemos, por outro lado, respeitar o interesse público acima do individual. Se havia gente com disposição para aceitar a continuidade dos métodos utilizados na prefeitura nos últimos anos, o povo de Quixadá pode ficar feliz de que tais não ganharam a eleição. Faremos as coisas corretamente. E eu não quero que um terreno do município seja entregue por um valor 50% abaixo do que ele vale. Ninguém aceitaria fazer isso com uma coisa sua. Porque aceitaríamos com aquilo que é do município?”


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