Comunidades em Cipó dos Anjos e Califórnia, em Quixadá, poderão ser afetadas com saída de médicos cubanos

Cuba anunciou, nesta quarta-feira (14), que seus médicos no Brasil serão chamados de volta ao país. A decisão é uma reação às declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro, questionando a qualificação dos profissionais e exigindo a reformulação dos termos de contrato acertados com o governo brasileiro.

Cuba exporta médicos para o Brasil e para diversos outros países no mundo.

A decisão vai comprometer quase metade de todos os profissionais que atuam no Programa Mais Médicos, criado nos governos do PT. Segundo dados do Ministério da Saúde, os cubanos preenchem 8.332 das 18.240 vagas do programa, o equivalente a mais de 45% do total de médicos. Em 1.575 municípios, só há cubanos.

O Mais Médicos está em 4.058 municípios, cobrindo 73% das cidades brasileiras. 75% das áreas indígenas são cobertas por médicos cubanos.

No Ceará, 448 médicos deixarão de atender, a maioria em áreas carentes e isoladas, lugares para onde médicos brasileiros geralmente não querem ir.

EM QUIXADÁ

Saída de cubanos vai afetar comunidades em Quixadá. (Arte: Jândreson Gomes/especial para o DQ)

Em Quixadá, as comunidades nos distritos de Cipó dos Anjos e Califórnia poderão ser negativamente afetadas. Ali atuam profissionais cubanos que atendem centenas de famílias. Eles se integram ao Programa de Saúde da Família de segunda a quinta.

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Há preocupação, por parte de quem trabalha na área de saúde em Quixadá, de que o novo governo acabe levando ao fim o Programa Mais Médicos e a realidade quanto à capacidade de atender comunidades mais isoladas no município volte a ser como antes, quando médicos brasileiros tinham dificuldades para aceitar trabalhar nesses lugares.


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