Caso de assédio a criança envolvendo cearense deixa famílias em alerta

A mãe se passou pela filha e conversou com o assediador (Foto: Reprodução)

Mães e pais estão em alerta após a denúncia de que um influenciador digital cearense assediava uma criança de São Paulo pelas redes sociais.

Segundo a mãe da vítima, as mensagens começaram pelo Instagram. Na conversa, além de enviar fotografias, o homem chegou a pedir que a criança mandasse imagens. Ainda na primeira abordagem, a menina procurou a mãe para relatar que um adulto tentava conversar e foi a mãe quem começou a conversar com o homem. Ele possuía uma conta no aplicativo de edição e compartilhamento de vídeos TikTok, que é amplamente utilizado por crianças e adolescentes.

O caso está sendo investigado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo e pela Polícia Civil do Ceará.

Especialista aponta que conversar e orientar as crianças sobre as abordagens suspeitas nas redes sociais é fundamental. Quando um adulto desconhecido entra em contato, o indicado é que a vítima busque o responsável e relate o que houve.

Mãe de uma menina de 12 anos, uma vendedora que é moradora de Fortaleza conta que, após saber do caso, conversou com a filha e, por decisão da própria menina, o Instagram da criança foi excluído. A mulher pediu pra não ser identificada.

A mãe relata que também tem cuidado com o WhatsApp. Ela sempre monitora as conversas e dá dicas para a filha evitar exposição de imagens que possam ser utilizadas de forma indevida por criminosos.

A vendedora diz que, nas conversas com a filha, ainda explica que esse tipo de abordagem pode vir em redes sociais, mas também em locais como a escola ou vizinhança. E que, nesses casos, a busca pelo responsável e a denúncia para as autoridades são ações essenciais.

Monitoramento

A mãe de uma menina de 11 anos, que também pediu para não ter o nome divulgado, avalia que a fiscalização e o monitoramento intensivo das redes sociais das crianças e jovens são importantes.

“Converso muito com ela sobre tudo, em não conversar por direct ou WhatsApp com pessoas que ela não conhece. E o celular não tem senha. Pode até colocar uma senha, mas que eu saiba, pois sempre fico olhando, fiscalizo tudo”, diz.

Depois da divulgação do caso, a própria menina resolveu desativar o aplicativo TikTok. Na escola, a mãe diz, também foi discutida, entre as próprias alunas, a decisão de excluir alguns aplicativos. E quem optou por permanecer com o Instagram deixou a conta em modo privado.

Diálogo, monitoramento e controle  

A psicóloga Priscila Rocha diz que é importante unir monitoramento, diálogo e controle do uso das redes sociais pelas crianças. “Só o monitoramento não é eficaz. Deve existir um diálogo. No caso de uma criança de 12 anos, ela já consegue adentrar em alguns assuntos e tem uma consciência. A criança menor já é diferente”, cita.

Em caso de responsáveis que não possuem habilidade com redes sociais ou com aparelhos eletrônicos, ela afirma que é bom conversar para que se estabeleça um limite para uso das ferramentas. Isso envolve regras e uma rotina de horário para o uso. E analisar se a criança realmente necessita do acesso a uma rede social.

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