{"id":971,"date":"2017-02-08T15:30:27","date_gmt":"2017-02-08T18:30:27","guid":{"rendered":"http:\/\/www.diariodequixada.com.br\/?p=971"},"modified":"2017-02-08T15:37:26","modified_gmt":"2017-02-08T18:37:26","slug":"mais-seca-no-ceara-em-2017","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.diariodequixada.com.br\/ceara\/mais-seca-no-ceara-em-2017\/","title":{"rendered":"Mais seca no Cear\u00e1 em 2017"},"content":{"rendered":"

\"\"\u201cEstamos caminhando para condi\u00e7\u00f5es menos favor\u00e1veis. J\u00e1 hav\u00edamos observado isso, mas n\u00e3o divulgamos porque o panorama poderia ser revertido\u201d. A declara\u00e7\u00e3o do meteorologista da Funceme soa como desalento para as informa\u00e7\u00f5es anteriores que davam conta de uma quadra invernosa acima da m\u00e9dia.<\/p>\n

De acordo com an\u00e1lise do Minist\u00e9rio da Ci\u00eancia Tecnologia, Inova\u00e7\u00f5es e Comunica\u00e7\u00f5es (MCTIC) o Cear\u00e1 tem a pior situa\u00e7\u00e3o no Nordeste<\/strong>. Isto porque, diferentemente dos estados a Leste, que sofrem influ\u00eancia de outros sistemas pluviom\u00e9tricos, o Cear\u00e1 depende essencialmente da Zona de Converg\u00eancia Intertropical (ZCIT).<\/p>\n

\u201cOs ventos al\u00edsios de sudeste est\u00e3o mais fortes do que a m\u00e9dia. Quando os ventos est\u00e3o mais intensos, evapora mais \u00e1gua e a temperatura do mar cai. Durante mar\u00e7o, abril e maio, a ZCIT procura regi\u00e3o de \u00e1guas mais quentes\u201d, detalha o pesquisador do Centro de Previs\u00f5es de Tempo e Estudos Clim\u00e1ticos (CPTEC), Paulo Nobre<\/strong>. A institui\u00e7\u00e3o \u00e9 ligada ao MCTIC.<\/p>\n

O modelo descrito pelo especialista j\u00e1 havia sido identificado em janeiro e se intensificou no in\u00edcio deste m\u00eas, mais precisamente no \u00faltimo dia 3. \u201cDemos mais duas semanas para ver alguns campos que poderiam se modificar e indicar uma condi\u00e7\u00e3o de mais pluviometria. Eles n\u00e3o se alteraram\u201d, cita.<\/p>\n

O meteorologista da Funda\u00e7\u00e3o Cearense de Meteorologia (Funceme), Raul Fritz<\/strong> confirma a an\u00e1lise, e aponta o resfriamento das \u00e1guas do Atl\u00e2ntico Sul como causa para a queda na probabilidade de chuvas. \u201cNa \u00e9poca da primeira previs\u00e3o havia um dipolo favor\u00e1vel no Oceano Atl\u00e2ntico. As \u00e1guas pr\u00f3ximas ao Nordeste estavam mais quentes que as acima do Equador. Agora est\u00e1 um dipolo desfavor\u00e1vel para a chuva. E ele \u00e9 o que regula a ZCIT\u201d, afirma.<\/p>\n

Segundo ele, a partir do pr\u00f3ximo dia 15 ser\u00e1 poss\u00edvel fazer um segundo progn\u00f3stico para o per\u00edodo, com mais clareza. \u201cA primeira previs\u00e3o causa mais impacto, mas, na segunda, o Oceano est\u00e1 mais estabilizado\u201d, diz. No fim de janeiro, o MCTIC divulgou que havia 40% de probabilidades de chuvas abaixo da m\u00e9dia no Cear\u00e1, 35% na m\u00e9dia e 25% acima da m\u00e9dia. O progn\u00f3stico da Funceme, divulgado alguns dias antes, dava conta de que as chances de precipita\u00e7\u00f5es na m\u00e9dia hist\u00f3rica eram de 40%, 30% de chances de ser abaixo e 30% de ser acima.<\/p>\n

VEJA TAMB\u00c9M:<\/strong><\/span><\/p>\n

Colapso \u00e0 Vista: Com apenas 6,18% do volume total, Pedras Brancas est\u00e1 prestes a deixar Quixad\u00e1 e Quixeramobim sem \u00e1gua<\/a><\/p><\/blockquote>\n