{"id":37027,"date":"2020-06-30T18:49:11","date_gmt":"2020-06-30T21:49:11","guid":{"rendered":"http:\/\/www.diariodequixada.com.br\/?p=37027"},"modified":"2020-06-30T18:49:11","modified_gmt":"2020-06-30T21:49:11","slug":"tela-da-brasileira-tarsila-do-amaral-vai-ser-vendida-por-r-425-milhoes","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.diariodequixada.com.br\/brasil\/tela-da-brasileira-tarsila-do-amaral-vai-ser-vendida-por-r-425-milhoes\/","title":{"rendered":"Tela da brasileira Tarsila do Amaral vai ser vendida por R$ 42,5 milh\u00f5es"},"content":{"rendered":"
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“A Caipirinha”, de Tarsila do Amaral (1886-1973).<\/figcaption><\/figure>\n

Confiscada pela Justi\u00e7a de um empres\u00e1rio falido, a obra “A Caipirinha”, de Tarsila do Amaral (1886-1973), ser\u00e1 colocada \u00e0 venda nas pr\u00f3ximas semanas por um pre\u00e7o de R$ 42,5 milh\u00f5es. O pagamento, segundo a decis\u00e3o da ju\u00edza Melissa Bertolucci, deve ser feito \u00e0 vista.<\/p>\n

A tela \u00e9 considerada como um dos \u00edcones do movimento modernista. Foi feita por Tarsila em 1923, um ano ap\u00f3s a Semana de Arte Moderna. “A Caipirinha” pertencia ao empres\u00e1rio Salim Taufic Schahin, envolvido no esc\u00e2ndalo da Lava Jato. Ele era um dos s\u00f3cios do grupo Schahin, que faliu em mar\u00e7o de 2018, com d\u00edvidas estimadas em R$ 6,5 bilh\u00f5es.<\/p>\n

Desde 2015, Salim \u00e9 alvo de um processo de cobran\u00e7a por parte de 12 bancos, entre os quais o Ita\u00fa e o Bradesco, que exigem o pagamento de uma d\u00edvida avaliada hoje em cerca de R$ 2,3 bilh\u00f5es. A obra de Tarsila do Amaral, assim como outros bens de Salim, foi penhorada nesse processo e o valor obtido pela venda ser\u00e1 utilizado para minimizar o preju\u00edzo dos bancos.<\/p>\n

Carlos Schahin, filho do empres\u00e1rio, tentou impedir o confisco da tela, alegando que comprou o quadro do pai em 2013, antes mesmo da cobran\u00e7a feita pelos bancos. Como prova, apresentou um instrumento particular de compra e venda segundo o qual pagou R$ 240 mil ao pai na ocasi\u00e3o. A Justi\u00e7a considerou que o neg\u00f3cio foi uma simula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

O perito Cezar Roberto Olandim avaliou o quadro em R$ 42,5 milh\u00f5es.<\/p>\n


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