Gioconda Queiroz: Startup, afinal o que é isso?

Startups

Se você anda antenado com o mundo da tecnologia e negócios, certamente já ouviu falar em “startups”. O termo tem ganhado amplitude nos debates corporativos sobre surgimento de novos produtos e serviços, popularizando-se em meados de 1990 quando começaram a ser financiados projetos inovadores e promissores, especialmente relacionados ao segmento tecnológico. Estes modelos, em sua maioria, oriundos do Vale do Silício, na Califórnia (região marcada por uma grande concentração de promissoras empresas do ramo tecnológico), representam, em sua maioria, projetos altamente lucrativos e sustentáveis.

A ideia básica inicial deste novo modelo de negócios é realizar testes de produtos e serviços inovadores com o menor número possível de recursos, a fim de garantir a assertividade de forma prévia à grandes investimentos em estratégias de produção, comercialização e fortalecimento da marca. Como exemplos de sucesso estão o Facebook, Google, Apple, Microsoft, entre outros que iniciaram como startups e hoje representam grades corporações reconhecidas mundialmente.

Diante de tantos casos de sucesso, os startups continuam, até os dias atuais, atraindo interesse dos chamados “investidores anjos”, que fomentam financeiramente boas ideias que podem vir a se tornar grandes negócios.

Em sua essência, o termo pode ser traduzido como “começar algo”, devendo o produto ou serviço representar uma solução inovadora no mercado, preferencialmente de forma escalável, ou seja, que atenda à demanda de um grande número de clientes. Para o Sebrae, o termo pode ser conceituado como sendo “empresas de pequeno porte, recém-criadas ou ainda em fase de constituição, com atividades ligadas à pesquisa e desenvolvimento de ideias inovadoras, cujos custos de manutenção sejam baixos e ofereça a possibilidade de rápida e consistente geração de lucros”.

Mesmo atraente e com crescente fomento, pesquisas realizadas pelo SEBRAE, por exemplo, comprovam que 50% dos startups do Brasil encerram suas atividades em menos de cinco anos, em sua maioria, por falta de estratégias de gestão de negócio, por inviabilidade do ramo de atividade, pela pouca criatividade ou simplesmente pela falta de preparo de todos envolvidos no novo negócio.

Embora haja uma maior facilidade de ofertas de fomento para o ramo tecnológico, é importante lembrar que os startups podem surgir relacionados a qualquer segmento de negócio, abrindo assim um leque de oportunidades para o desenvolvimento do perfil empreendedor e, principalmente, como estratégia de fomento à criatividade.

Para testar se sua ideia de negócio tem chances de sucesso no modelo “startup”, é importante considerar alguns passos: coloque sua ideia em prática (teste sua inovação e peça feedback das pessoas); sua ideia precisa ser inovadora (garanta que não há solução semelhante, caso contrário, ela não representa um startup); seja eficaz (quanto mais complexo, mais dinheiro, aposte em ideias simples, criativas, que garantam comodidade, agilidade, facilidade e conforto aos usuários); e seja parcial e neutro ao receber feedbacks, afinal, são eles quem vão direcionar se seu negócio tem chances de emplacar.

E você, já pensou em se tornar um startup?

Gioconda Queiroz é administradora de empresas e escreve sobre gestão e negócios para o Diário de Quixadá. 


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