Se não forem abertas, UTIs instaladas em Quixadá podem ser levadas para outro município

Foto ilustrativa de UTIs instaladas pelo governo do Ceará no interior do Estado.

Os 10 leitos de UTI instalados pelo Governo do Ceará no Hospital Maternidade Jesus Maria e José (HMJMJ), em Quixadá, podem ser levados para outro município caso não sejam abertos para uso neste período de pico da segunda onda da pandemia, provavelmente Quixeramobim, onde o prefeito Cirilo Pimenta já sinalizou ter o sistema de saúde esgotado.

Esta transferência dos leitos pode acontecer porque os equipamentos não são uma conquista exclusiva de Quixadá, mas fazem parte do plano maior de interiorização dos leitos pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). Municípios como Canindé e Tauá também foram contemplados dentro desta estratégia.

De acordo com a direção da maternidade, os leitos não foram abertos na sexta-feira, 19, como estava programado inicialmente, porque faltam insumos necessários ao pleno funcionamento dos equipamentos, mas que está tentando regularizar a situação para permitir a abertura nesta segunda-feira, 22.

A falta de insumos é, de fato, uma realidade em todo o território nacional. Em agosto do ano passado o Ministério da Saúde decidiu cancelar a maior parte da compra de insumos para UTIs, e entre os medicamentos não comprados estão aqueles usados nos processos de intubação. Agora, o governo está requisitando os insumos da rede privada para serem usados no SUS.

Neste sábado, 20, o prefeito Ricardo Silveira enviou notificação ao Bispo Dom Ângelo, que preside a entidade jurídica que dirige a maternidade, informando que vai requisitar os leitos para serem administrados diretamente pela prefeitura caso não sejam abertos em até 72 horas.


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