No dia 16 de março o DQ havia apontado para um fato digno de comemoração: naquela data, Quixadá estava há 80 dias sem nenhum homicídio. Mais três semanas se passaram e um novo marco foi atingido, um recorde de paz que merece destaque: a Terra dos Monólitos ainda não registrou nenhum assassinato em 2019, estando há mais de 100 dias sem crimes de morte. É difícil lembrar de um ano que tenha sido tão pacífico nos primeiros três meses.
Aqui, nem parece que o Estado acabou de avançar sobre uma imensa crise de segurança, numa verdadeira guerra contra as facções criminosas, com seu centro de ebulição nos presídios, e que deixou muitos municípios em pânico, com ataques quase diários. Até mesmo ocorrências de assalto, pequenos roubos e furtos diminuíram em Quixadá.
O recuo do crime alivia a sociedade, mas precisa ser visto com cautela. Embora tenhamos dito, em matéria anterior, que estes resultados podem ser frutos do “fortalecimento da política de segurança estadual voltada para o sistema prisional”, o que pode ser verdade, é, contudo, cedo para atribuir tais índices de paz apenas a estas novas medidas. Os números, porém, tem sido positivos e merecem análise cuidadosa por parte dos setores de inteligência das forças de segurança, na busca de ainda mais eficiência.
Em Quixadá, é verdade que a Polícia Civil e a Polícia Militar estão atuando com grande êxito. Merece destaque, por exemplo, o trabalho do BPRaio. Sua presença nas ruas é sentida e as abordagens dificultam a ação criminosa. Digno de relevo, também, é o trabalho de investigação dos agentes da Polícia Civil e seus instrumentos de inteligência.
O mais importante, neste contexto, é que a população de Quixadá merece ter alcançado 100 dias sem que nenhuma pessoa tenha sido morta em seu território. Esta é, sem dúvida, uma boa notícia que merece ser compartilhada e comemorada. Que a paz seja a regra e não a exceção.
