José Atalmir Gadelha Damasceno, 27 anos, conhecido pelo apelido “Neguim”, foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará por tentativa de homicídio contra Francisco Diego de Sousa Martins, crime praticado em Quixadá no dia 17 de fevereiro de 2010, durante festa de carnaval, nas proximidades da praça José de Barros. Julgado nesta quinta-feira, 23, foi condenado, inicialmente, a 16 anos de prisão. O juiz, Dr. Welithon Alves de Mesquita, considerou algumas atenuantes favoráveis ao réu e fixou a pena final em oito anos.
O representante do Ministério Público, Dr. Naelson Barros Marques Júnior, convenceu os jurados de que o acusado praticou o crime por motivo torpe. Ele tinha rixa antiga com a vítima, pois havia invadido a casa da mãe da vítima, ocasião em que foi ferido com golpes de faca. O júri entendeu que a tentativa de homicídio ocorreu como vingança por este episódio. Ficou também caracterizado que o crime foi cometido à traição, mediante surpresa, não dando à vítima qualquer chance de defesa.
Os jurados entenderam que o acusado só não consumou o homicídio porque a vítima correu. Além disso, o próprio criminoso teve os dedos quase decepados pela faca que usou para golpear a vítima pelas costas. O fato do crime ter sido praticado durante a festa de carnaval, em ambiente com intensa movimentação de pessoas, também serviu para agravar a pena.
José Altamir possui histórico muito ruim, tendo praticado vários delitos, como roubo e invasão de casas, e é suspeito de ter envolvimento na morte do taxista Marcos Antônio Sousa Queiroz, 51 anos, ocorrida em fevereiro de 2017, em Quixadá. “Neguim” já esteve preso, mas atualmente é foragido da justiça e é considerado de alta periculosidade. Quando capturado, deverá começar a cumprir sua pena em regime fechado.
