Presos na cadeia de Quixadá são colocados em situações desumanas, segundo avaliação de defensores públicos

FOTO > Defensoria Pública

Uma vistoria realizada pela Defensoria Pública de Quixadá constatou situação de desumanidade na Cadeia Pública deste município. As condições às quais os presidiários estão expostos foram consideradas desoladoras.

A visita realizada no dia 25 de maio resultou na criação de uma Força Tarefa jurídica que deverá atuar para diminuir o número dos encarcerados na unidade prisional. Alguns deles estariam detidos provisoriamente por mais tempo do que deveriam.

A cadeia pública de Quixadá tem capacidade para 80 presos, mas está atualmente com 248. A superlotação obriga os presos no pavilhão térreo a permanecerem totalmente imóveis durante a noite para não pisarem uns sobre os outros. Até mesmo salas de aula que deveriam ser utilizadas para fins educativos, de ressocialização, foram adaptadas para se transformarem em celas.

Já no pavilhão superior os detentos ficam restritos às celas 24 horas por dia e só tem direito a banho de sol duas vezes por semana, e por apenas uma hora.

Os defensores também constataram que as condições de higiene nas celas são degradantes. Há reclamações entre os presidiários de que falta atendimento ambulatorial. Suspeita-se que alguns presos estão doentes de tuberculose e sífilis.

A penitenciária está subordinada à Secretaria de Justiça e Cidadania (SEJUS) do Governo Estadual, que já prometeu construir um presídio novo no município. Um terreno já foi doado pela prefeitura, mas as obras nem data marcada tem para começar.


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