Prefeitura de Quixadá ainda não tem data para abrir leitos de UTI instalados pelo Estado na maternidade

Autoridades da prefeitura após reunião com representantes da Maternidade Jesus Maria e José.

No sábado, 20, a prefeitura de Quixadá deu prazo de 72 horas para que o Hospital Maternidade Jesus Maria e José colocasse 10 leitos de UTI para funcionar. Os equipamentos, destinados ao tratamento de pacientes com covid-19, foram instalados pelo Governo do Estado para serem gerenciados pela instituição filantrópica presidida pelo Bispo Dom Ângelo Pignoli. A abertura dos leitos, agendada para acontecer no dia 19 de março, foi adiada em razão da falta de insumos para intubação junto aos fornecedores brasileiros.

A prefeitura, no entanto, exigiu que a maternidade colocasse os leitos para funcionar sob pena de requisição, que é quando o poder público toma para si a administração de bens sob o poder de outros, no interesse da população.

A medida não foi necessária porque a maternidade decidiu entregar os 10 leitos para a prefeitura que, agora, tem a responsabilidade de gerenciá-los. O prazo cobrado pela prefeitura já acabou, mas a própria prefeitura também não conseguiu abrir os leitos. E não há data para que isso aconteça. O prefeito Ricardo Silveira disse que está fazendo um “levantamento” de tudo o que é necessário e que em breve vai apresentar um “cronograma” para abertura dos leitos.

Não são exclusivos de Quixadá

Vale ressaltar que, apesar da intensa mobilização política sobre eles, os 10 leitos de UTI na maternidade, agora gerenciados pela prefeitura, não são exclusivos de Quixadá, como era o caso da Unidade Covid, que funcionou em 2020. Tanto é assim que eles são regulados pela Secretaria de Saúde do Estado, que pode ocupá-los com pacientes de qualquer lugar do Ceará, desde que a necessidade exija. Caso não consiga abrir os leitos, a Sesa pode, inclusive, transferir os leitos para outro município.


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