Padre Orlando estava em “situação desesperadora” e sob “estresse absoluto”, diz delegado

Monsenhor Luis Orlando de Lima

O Monsenhor Luis Orlando de Lima, 56 anos, morreu em Quixadá no dia 16 de fevereiro. Segundo a Polícia Civil, o religioso cometeu suicídio. Leanderson Pereira de Araújo, preso nesta terça-feira, 27, acusado de aplicar golpes financeiros de centenas de milhares de reais no sacerdote, é apontado pelos investigadores como o “pivô motivacional do suicídio” do religioso.

Segundo o Delegado Marcus Damasceno, o Padre Orlando estava em “situação desesperadora” e sob “estresse absoluto”. “Padre Orlando resolveu tirar a sua vida por causa da dor e da vergonha moral que ele estava sentindo”, disse o delegado.

O policial afirma, também, que é possível perceber como deve ter sido grande a “agonia” do padre na noite antes de cometer o suicídio. A caligrafia na carta escrita por ele naquela noite, apressada e de difícil compreensão, em comparação com outros escritos em meses anteriores, revelaria o estado de espírito abalado do sacerdote.

Leanderson Araújo, segundo a polícia, envolveu Padre Orlando em dívidas de centenas de milhares de reais com agiotas da região. Havia, também, surrupiado um carro particular do sacerdote e até vendido outro veículo de propriedade da paróquia.

A Delegacia de Polícia Civil de Quixadá está recebendo denúncias de várias outras possíveis vítimas do estelionatário, que o acusam de também ter aplicado outros golpes e feito outras vítimas. Leanderson Araújo se passava como assessor do Deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB), cuja assessoria já negou a informação.


Compartilha:

Veja Mais